terça-feira, 2 de setembro de 2014

Correntes de Pensamento Filosófico_Parte I: Antiguidade

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Escola de Atenas.jpg
platônicos (vermelho) de um lado e aristotélicos (azul) do outro. (obra renascentista)
As escolas, correntes, círculos,estilos e movimentos de pensamento filosófico são muito importantes no estudo cognóstico do desenvolvimento do pensamento humano ao longo do tempos, Vejamos muitas das tantas escolas e correntes de pensamento segundo os seus movimentos histórico-culturais:
Escola de Mileto ou milésia, é chamada a escola de pensamento da filosofia grega iniciada no século VI a.C. na vila jônia de Mileto, na costa da Anatólia, e representada, principalmente, pelos filósofosTales de MiletoAnaximandro e Anaxímenes. Convém distingui-la da Escola Jônica, que inclui estes e outros jônios como Heráclito (de Éfeso), ou Diógenes de Apolônia (que viveu em Creta).
Tales era considerado "o pai da filosofia" por ser o primeiro pensador grego. Tales queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas. Algo que fosse o princípio unificador de todos os seres. Tales concluiu que a água é a substância primordial, a origem única de todas as coisas, para ele somente a água permanece basicamente a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados como: sólido, líquido e gasoso. O principio primordial de todas as coisas segundo Anaximandro era o "apeiron". Já para Anaxímenes era o "ar".
Mobilismo é uma concepção segundo a qual a realidade natural se caracteriza pelo movimento. Todas as coisas estão em constante fluxo. Principal filósofo: Heráclito.
Hilozoísmo -do grego hyle, matéria, e zoe, vida- é um termo que designa uma concepção da matéria e, por extensão, de toda a natureza. Os hilozoístas consideram que toda a realidade, inclusive a inerte, está dotada de sensibilidade e, portanto, animada por um princípio activo.
Foi a doutrina da escola jônica grega (séculos VII - VI a.e.C.), escola pertencente ao grupo de filósofos chamados pré-socráticos. A escola estóica chegou a considerar o Universo como um ser vivo.
Escola eleática recebe esse nome de Eléia, cidade situada no sul da Itália e local de seu florescimento. Nessa escola encontramos quatro grandes filósofos:XenófanesParmênidesZenão e Melisso. Nesse grupo famoso de pensadores, as questões filosóficas concentram-se na comparação entre o valor do conhecimento sensível e o do conhecimento racional. De suas reflexões, resulta que o único conhecimento válido é aquele fornecido pela razão.
Escola Pitagórica recebe o nome do fundador, Pitágoras, é foi uma influente corrente da filosofia grega, pertencendo a ela alguns dos mais antigos filósofos pré-socráticos.1 Temistocléia foi a mestre de Pitágoras; ela era alta profetisa, filósofa e matemática. Outros pensadores importantes dessa escola: FilolauArquitas,Alcmeón; a matemática e física Theano, que foi, possivelmente, casada com Pitágoras, a filósofa Melissa.
Esses pensadores manifestam ao mesmo tempo tendências místico-religiosas e tendências científico-racionais. A influência estende-se até nossos dias.
A escola teve como ponto de partida a cidade de Crotona, sul da Itália, e difundiu-se vastamente. Trata-se da escola filosófica grega mais influenciada exteriormente pelas religiões orientais, e que por isso mais se aproximou das filosofias dogmáticas regidas pela ideia de autoridade. O pitagorismo influenciou o futuroplatonismo, o cristianismo e ainda foi invocado por sociedades secretas que atravessaram o tempo até alcançarem os dias de hoje. O símbolo da Escola Pitagórica era o pentagrama, uma estrela de cinco pontas.
Pitágoras ficou conhecido também como o "filósofo feminista", visto que na escola havia muitas mulheres discípulas e mestres, tais como Theano.
Escola pluralista é uma escola de filosofia composta por AnaxágorasEmpédocles e Demócrito. O denominador comum nas posturas filósoficas desses pensadores consiste em admitir que não há um princípio único que explique todo o universo. Existem vários princípios que, misturando-se, formam a multiplicidade das coisas existentes, daí a denominação "pluralista".
  • Empédocles: água, ar, terra, fogo, como princípio
  • Anaxágoras: partículas minúsculas
  • Leucipo: elaborou teoria dos átomos ou atomismo
  • Demócrito: átomos
Atomismo é uma filosofia natural que se desenvolveu em diversas tradições antigas. Na tradição ocidental, ele remonta à teoria dos filósofos da antiguidade que propuseram a existência de inúmeras e minúsculas partículas sólidas - átomos - que não podiam ser cortados. Os principais filósofos atomistas foram Leucipo de Mileto, Demócrito de AbderaEpicuro de Samos e Lucrécio. O mundo em constante transformação era explicado como a reorganização incessante dos átomos imutáveis em diferentes formas. Até o químico Dalton em 1800 d.C. esta teoria praticamente não evoluíra. A principal contribuição do atomismo para a atualidade foi o fato de buscar explicar os fenômenos pela emergência, isto é, desenvolver um modo de pensar que se desvencilha da teleologia.
Cinismo foi uma corrente filosófica fundada por um discípulo de Sócrates, chamado Antístenes, e cujo maior nome foi Diógenes de Sínope, por volta de 400 a.C., que pregava essencialmente o desapego aos bens materiais e externos. O termo passou à posteridade como caraterização pejorativa de pessoas sem pudor, indiferentes ao sofrimento alheio (que em nada se assemelha a origem filosófica da palavra).
Esta atitude era parte de uma procura da independência pessoal. Alguns foram longe demais, rejeitando mesmo as decências básicas. Para poderem manter a compostura face à adversidade, reduziam as suas necessidades ao mínimo para garantir a sua autossuficiência. Mais do que uma teoria, era um modo de vida. Para os Cínicos, a vida virtuosa consiste na independência, obtida através do domínio de desejos e necessidades, para encorajar as pessoas a renunciarem aos desejos criados pela civilização e pelas convenções. Os cínicos empreenderam uma cruzada de escárnio anti-social, na esperança de mostrar, pelo seu próprio exemplo, as frivolidades da vida social.
Escola cirenaica de filosofia, assim denominada devido à cidade de Cirene na qual foi fundada, floresceu entre 400 a.C. e 300 a.C., e tinha como a sua característica distintiva principal o hedonismo, ou a doutrina de que o prazer é o bem supremo. É geralmente afirmado que as suas doutrinas são derivadas de Sócrates e de Protágoras. De Sócrates, pela perversão da doutrina que a felicidade é o bem supremo, e de Protágoras, pela sua teoria relativista do conhecimento.
Aristipo de Cirene foi o fundador da escola, e contava entre os seus seguidores a sua filha, Arete, e o seu neto Aristipo, o Jovem. Os cirenaicos começaram o seu questionamento filosófico concordando com Protágoras de que todo o conhecimento é relativo. A partir desta premissa, afirmavam que apenas se poderia conhecer os nossos sentimentos ou as impressões que as coisas produzem sobre nós. Transferindo esta teoria do conhecimento para a discussão do problema da conduta, e assumindo a doutrina socrática de que o objectivo principal da conduta é a felicidade, concluíram que a felicidade é adquirida pela produção de sensações que dão prazer e pelo evitar de sensações que causam dor.
O prazer, portanto, é o objectivo principal na vida. O homem bom é aquele que obtém ou luta por obter o máximo de prazer e o mínimo de dor. A virtude não é um bem por ela própria: é apenas boa como um meio de obter prazer.
Escola Megárica foi uma escola filosófica fundada por Euclides de Mégara cuja denominação provém do nome desta cidade grega. Considerada uma das escolas socráticas, juntamente com os cínicos e os cirenaicos. Tais escolas são assim caracterizadas porque têm no pensamento de Sócrates a principal influência, em especial no que tange à correlação indissolúvel entre conhecimento e virtude, apontada por este. Além de Sócrates, a doutrina dos megáricos possui relações estreitas com o eleatismo, principalmente quanto à afirmação da unidade do Ser como princípio da realidade. Os principais representantes da escola megárica são EubúlidesFílon de MégaraDiodoroCronosAlexinos Estílpon. Este último teria exercido influência sobre as concepções filosóficas de Zenão de Cítio, fundador do pensamento estóico e de Brisão, o qual, parece ter sido mestre de Pirro, um dos fundadores da escola céptica. Assim, pode-se compreender as influências megáricas presentes nesta corrente de pensamento.
A Escola Sofística se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.
Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.) estão entre os primeiros sofistas conhecidos.
Protágoras foi o primeiro sofista a aceitar dinheiro (pagamento) dos seus ensinamentos
Diversos sofistas questionaram a então sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia da cultura grega (uma idéia absoluta à época). Argumentavam, por exemplo, que as práticas culturais existiam em função de convenções ou "nomos", e que a moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos, inclusive, por aqueles que se diziam amar a sabedoria: os filósofos gregos.
A conhecida frase "o homem é a medida de todas as coisas" surgiu dos ensinamentos sofistas. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser refutado por outro argumento, e que a efetividade de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.
Relativismo é uma doutrina que prega que algo é relativo, contrário de uma ideia absoluta, categórica. O relativismo, dessa forma, leva em consideração diversos tipos de análise, mesmo sendo análises aparentemente contraditórias. As diversas culturas humanas geram diferentes padrões segundo os quais as avaliações são geradas. Max Weber, em suas obras sobre epistemologia, abre espaço para o relativismo nas ciências da cultura quando diz que a ciência é verdade para todos que querem a verdade, ou seja, por mais diferentes que sejam as análises geradas por pontos de vista culturais diferentes, elas sempre serão cientificamente verdadeiras, enquanto não refutadas.
Platonismo é uma corrente filosófica baseada no pensamento de Platão. Indica a filosofia de Platão e da sua escola, isto é, os filósofos que se situam entre o século IV a.C. e a primeira metade do século I a.C..
Cerca de um século depois da morte de Platão, em 348 a.C., a Escola enveredou para o ceticismo sob a direção de Arciselau (século III a.C.). A Academia platônica assemelhava-se a uma congregação religiosa, consagrada a Apolo e às musas. Platão afirmava a existência de uma verdade suprema : as Idéias das formas ideais, eternas, imutáveis e incorruptíveis, das quais se origina o mundo sensível, tal como o percebemos, e que é sujeito ao devir, à corrupção e à morte.
A Academia foi fundada por Platão em 387 a.C.. Seu nome é alusivo ao herói de guerra (Academo), que havia doado aos atenienses um terreno, nos arredores de Atenas, onde se construiu um jardim aberto ao público.
De uma maneira geral, os elementos centrais do pensamento platônico são:
  • A doutrina das idéias, onde os objetos do conhecimento se distinguem das coisas naturais;
  • A superioridade da sabedoria sobre o saber, uma espécie de objetivo político para a filosofia;
  • Dialética, enquanto procedimento científico.
O platonismo é geralmente dividido em três períodos:
  • Platonismo antigo propriamente dito;
  • Médio platonismo,1 que remonta aos séculos I-II d.C.;
  • Neoplatonismo, desenvolvido no final da Antiguidade no período helenístico: mais que um período do platonismo, é considerado por muitos como uma verdadeira corrente filosófica propriamente dita.
Esta subdivisão foi operada por estudiosos dos tempos recentes. Todos, médio ou neoplatônicos, embora ampliando e modificando o significado originário da filosofia de Platão, pretendiam estar em linha de continuidade com a doutrina do mestre. Consideravam-se sobretudo como simples exegetas, mais do que inovadores.
Praechter  ainda aponta duas características principais do médio platonismo:
  • ecletismo (harmonização e assimilação de doutrinas não platônicas);
  • ortodoxia (defesa da identidade do platonismo).
Outros apontam características diferentes : o monismo do Uno, sobretudo, por oposição às tendências dualistas do último Platão ou dos platônicos.
Escola peripatética foi um círculo filosófico da Grécia Antiga que basicamente seguia os ensinamentos de Aristóteles, o fundador. Fundada em c.336 a.C., quando Aristóteles abriu a primeira escola filosófica no Liceu em Atenas, durou até o século IV.
"Peripatético" (em gregoπεριπατητικός), é a palavra grega para 'ambulante' ou 'itinerante'. Peripatéticos (ou 'os que passeiam') eram discípulos de Aristóteles, em razão do hábito do filósofo de ensinar ao ar livre, caminhando enquanto lia e dava preleções, por sob os portais cobertos do Liceu, conhecidos como perípatoi, ou sob as árvores que o cercavam.
Aristotelismo é a influência exercida pela filosofia de Aristóteles ao longo da história do pensamento ocidental São temas centrais do aristotelismo a teoria da abstração e do silogismo na Lógica - Matemática, pois devido a natureza humana, é difícil a chamada por ele como Político, pois era filósofo Matemático. Também da chamada por ele de "DITADURA ESCLARECIDA' ao Aristotelismo, ditadura, essa nos atos e nos os conceitos de seus ato e potências do dirigente, como de forma e matéria, e substância e acidentes, doutrinário em todas que serviram à criação da lógica formal e da ética governamental, e que exerceram e ainda exercem enorme influência no pensamento ocidental doutrinário, entre os governantes e à aqueles que tem ou adquirem à responsabilidade. Principalmente a nível de Estado e "Grandes Impérios", como o seria o de Alexandre, pois foi indicado pelo pai de Alexandre, para o doutrinar na boa - doutrina.
Epicurismo é o sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Já quando os desejos são exacerbados podem ser fonte de perturbações constantes, dificultando o encontro da felicidade que é manter a saúde do corpo e a serenidade do espírito, ensinado por Epicuro de Samosfilósofo ateniense do século IV a.C., e seguído depois por outros filósofos, chamados epicuristas. Epicuro também é conhecido como o Filósofo do Jardim, pelo fato de que lecionou em um, reunindo-se constantemente com seus discípulos.
Hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade"1 ) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana.2 Surgiu na Grécia, e importantes representantes foram Aristipo de Cirene e Epicuro.2 1 O hedonismo filosófico moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.
O significado do termo em linguagem comum, bastante diverso do significado original, surgiu no iluminismo e designa uma atitude de vida voltada para a busca egoísta de prazeres momentâneos. Com esse sentido, "hedonismo" é usado de maneira pejorativa, visto normalmente como sinal de decadência.
Eudemonismo ou eudaimonismo (do grego eudaimonia, "felicidade") é uma doutrina segundo a qual a felicidade é o objetivo da vida humana. A felicidade não se opõe à razão mas é a sua finalidade natural. O eudemonismo era a posição sustentada por todos os filósofos da Antiguidade, apesar das diferenças acerca da concepção de felicidade de cada um deles. Segundo Aristóteles"A felicidade é um princípio; é para alcançá-la que realizamos todos os outros atos; ela é exatamente o gênio de nossas motivações". Opondo-se às morais que estimam que o homem deve procurar outros valores além da felicidade: a verdade, a justiça, a santidade e sexo... O eudemonismo qualifica as doutrinas éticas que fazem da felicidade uma ética melisdropilica e o valor supremo e critério último da escolha das ações humanas: AristótelesEpicuroMontaigneEspinozaDiderot... O eudemonismo funda-se sobre uma confiança geral no homem que continua a ser a chave insubstituível do humanismo. A doutrina concentra-se sobre esta oportunidade única de desenvolvimento pleno que constitui a vida terrestre e é por conseguinte no sucesso desta vida, na felicidade imediata ou racionalizada sobre um tempo longo, tanto a sua quanto a de outrem, que ela consagra logicamente o seu esforço. Entre os mais conhecidos, o aristotelismo é um eudemonismo intelectualista que coloca a felicidade na satisfação ligada à contemplação da verdade pelo espírito. O epicurismo é um eudemonismo hedonista que coloca a felicidade no prazer sensível do corpo mas ele repousa igualmente sobre a prática da filosofia, único meio de liberar a alma dos seus tormentos e alcançar a serenidade e a amizade. O espinozismo, por sua vez, coloca a felicidade na alegria de compreender a natureza, o amor de si e do mundo e o poder da razão que permite viver livre de paixões.
Estoicismo (do grego Στωικισμός) é uma escola de filosofia helenística fundada em Atenas por Zenão de Cítio no início do século III a.C. Os estoicos ensinavam que as emoções destrutivas resultam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com "perfeição moral e intelectual", não sofreria dessas emoções.1 O estoicismo afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino (noção que os estoicos tomam de Heráclito e desenvolvem). A alma está identificada com este princípio divino como parte de um todo ao qual pertence. Este logos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um kosmos (termo grego que significa "harmonia"). O estoicismo propõe se viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural, reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo, devendo, assim, manter a serenidade perante tanto as tragédias quanto as coisas boas. A partir disso, surgem duas consequências éticas: deve-se "viver conforme a natureza": sendo a natureza essencialmente o logos, essa máxima é prescrição para se viver de acordo com a razão. Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas usando estes objetos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.
Cosmopolitismo (sua etimologia vem do grego cosmopolita + -ismo) é um pensamento filosófico que despreza as fronteiras geográficas imposta pela sociedade considerando que a humanidade — ou, ao menos os cultos — segue as leis do Universo (cosmos) — isto é, considera os homens como formadores de uma única nação, não vendo diferenças entre as mesmas, avaliando o mundo como uma pátria. Atualmente o termo é bastante associado a uma ideologia que vê com desprezo a História e os acontecimentos do passado, valorizando apenas o mundo moderno, tanto na área da urbanização — como as metrópoles, as megacidades, as megalópoles etc. — além de outros fatores, a maioria incluindo a alta tecnologia atual. Alguns dicionários o descrevem como sendo: "Atitude ou doutrina que prega a indiferença ante a cultura, os interesses e/ou soberanias nacionais, com a alegação de que a pátria de todos os homens é o Universo".
Pirronismo (em grego: Πυρρωνισμός, transl. Pirrōnismós), também conhecido como ceticismo pirrônico, foi uma tradição da corrente filosófica doceticismo fundada por Enesidemo de Cnossos no século I d.C., e registrada por Sexto Empírico no século III. Toma o seu nome de Pirro de Élis, um cético que viveu circa 360 a 270 a.C., embora a relação entre a filosofia da escola e essa figura histórica seja pouco clara. O pirronismo tornou-se influente há alguns séculos desde o surgimento da moderna visão científica do mundo. "Nada pode ser conhecido, nem mesmo isto". Os céticos pirrônicos negam assentimento a proposições não imediatamente evidentes e permanecem num estado de inquirição perpétua. Por exemplo, pirrônicos afirmam que uma falta de provas não constitui prova do oposto, e que essa falta de crença é profundamente diferente de uma descrença ativa. Ao invés de descrer em Deus, poderes psíquicos etc., baseados na falta de evidências de tais coisas, pirrônicos reconhecem que não podemos estar certos de que evidências novas não possam aparecer no futuro, de modo que eles mantém-se abertos em sua pesquisa. Também questionam o saber estabelecido, e vêem o dogmatismo como uma doença da mente.

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