Quem são Anonymous?

Fonte:[[Pesquisas feito no Wikipédia]]

Anonymous é considerado uma organização, um grupo ou um movimento, embora este não há lideres. Anonymous é, mais propriamente dito, um movimento de caráter político-ideológico, podendo ser chamado também de Movimento Anonymous ou Anonymismo. 

Anonymous é sempre associado principalmente ao Hacktivismo e também se caracteriza pelo Ciberativismo e pelo Ativismo social. Sendo no geral de ideologia baseado no Anarquismo, não tem lideres; além de outras ideologias políticas que são presentes, como o Libertarianismo, o Socialismo ou  Comunismo, o Anarco-Comunismo ou Socialismo libertário, o Ecologismo-Ambientalismo e entre outros ideais políticos em seus movimentos e manifestações, é muito relacionado a subculturas e ciberculturas de caráter político-ideológico.

Anonymous é sempre caracterizado pelo Revolucionismo, pois é de um caráter revolucionário muito forte, sempre relacionado as ideologias políticas e aos ativismos e movimentos sociais.

Realizam protestos e outras ações, muitas vezes com o objetivo de promover a liberdade na internet e a liberdade de expressão virtual. Ações creditadas ao Anonymous são realizadas por indivíduos não identificados, geralmente hackers, que atribuem o rótulo de "anônimos" a si mesmos.

Anonymous originou-se em 2003 nos sites de imageboard, como o 4chan. A partir do ano de 2008 que o termo Anonymous se torna mais popular e praticamente sinônimo de Hacktivismo após uma série de protestos e de ataques de negação de serviço (DDoS) feito pelos Anonymous. A mídia tem divulgado que incidentes ligados aos seus membros só tem aumentado, a questão reside na capacidade de distinguir os Anonymous de "fakes" ou "posers", ou seja, pessoas ou grupos que apenas utilizam o nome Anonymous e seus símbolos na tentativa de denegrir a imagem pública do Anonymous ou camuflar-se atrás de suas ideologias para promover crimes virtuais. Pelas suas capacidade, o grupo Anonymous tem sido considerado como sendo o sucessor da WikiLeaks.

                                 Anonymous

Bandeira do movimento. O homem de traje formal e sem cabeça representa a ausência de dirigentes
O Anonymous é um movimento complicado de entender, pois é difícil de defini-lo, principalmente pelo fato dele ter variantes do mesmo movimento com outros princípios, nomes e ideais que se assemelham mas agem separadamente, além de ter uma origem mais complexa do que o mero movimento hacktivista. Geralmente o Anonymous é definido pelos aforismos como: "We are Anonymous, we are legion" ou em português:"Nós somos Anonymous, nos somos Legião, Nós não perdoamos. Nós não esquecemos. Esperem por nós."
Anonymous, em grande parte, consiste de usuários de múltiplos imageboards  e fóruns de internet. Além disso, várias wikis e rede de Internet Relay Chat são mantidas para superar as limitações dos imageboards tradicionais. Esses modos de comunicação são o meio pelo qual os manifestantes do Anonymous que participaram do "Projeto Chanology" se comunicaram e organizaram os protestos.
Uma "livre coalização de habitantes da internet", o grupo se uniu pela internet, através de site como 4chan, 711chan, Encyclopaedia Dramatica, canais do IRC e YouTube. Redes sociais como o Facebook são usadas para criação de grupos que mobilizam os protestos do mundo real. Anonymous não possui líder ou partido controlador, e depende do poder coletivo dos participantes em agir de uma maneira que o resultado seja benéfico ao grupo no geral. "Qualquer um pode se tornar Anonymous e trabalhar em direção a um certo objetivo..."

"[Anonymous é] a primeira superconsciência com base na internet. Anonymous é um grupo, no mesmo sentido que um bando de pássaros é um grupo. Como você sabe que eles são um grupo? Porque estão viajando na mesma direção. A qualquer momento, mais pássaros podem entrar, sair, voar para uma direção completamente diferente."
 Chris Landers. Baltimore City Paper, 2 de Abril de 2008.


Indivíduos aparecem em público como Anonymous, vestindo máscaras de Guy Fawkes, popularizadas pela HQ e filme V for Vendetta (Los Angeles, fevereiro de 2008).

Anonymous participa de vários movimentos e casos polêmicos, geralmente relacionados ao mundo virtual, e no mundo real participa sempre do movimentos sociais. Por exemplo,  em 7 de dezembro de 2007  a prisão de Chris Forcand de 53 anos, acusado de pedofilia, só foi possível graças a um grupo de "cyber-vigilantes" que se auto-intitulavam "Anonymous" que contataram a polícia depois que alguns membros receberam ''propostas sexuais'' de Forcand, sendo considerado esta a primeira vez que um predador sexual da internet foi detido como resultado da ação de um grupo de vigilantes.
Projeto Chanology
O grupo ganhou atenção mundial com esse projeto, uma série de protestos contra a Igreja da Cientologia.

Protesto do grupo contra as práticas e a situação fiscal da Igreja da Cientologia.

Em 14 de janeiro de 2008, um vídeo de uma entrevista com Tom Cruise produzido pela Igreja vazou para a Internet e foi enviado ao YouTube. A Igreja emitiu um pedido de violação de direito autorais contra o YouTube, pedindo a remoção do vídeo. Em resposta a isso, o grupo formulou o projeto. Eles consideraram a ação da Igreja da Cientologia contra o YouTube como uma forma de censura na Internet. Os membros do Projeto Chanology organizaram uma série de ataques de negação de serviço contra sites da Cientologia, e trotes aos centros da Igreja.

Em 21 de Janeiro de 2008, o indivíduos que afirmavam falar pelo grupo anunciaram seus objetivos e intenções através de um vídeo no YouTube, intitulado "Mensagem para a Cientologia", e, em um comunicado de imprensa, eles declararam guerra tanto contra a Igreja quanto ao seu Centro de Tecnologia. No comunicado, o grupo afirma que os ataques contra a Igreja da Cientologia irão continuar, a fim de proteger o direito à liberdade de expressão, e ao que eles acreditam ser a exploração financeira dos membros da Igreja. Um novo vídeo "Call to Action"(Chamada para ação), apareceu no YouTube no dia 28 de janeiro de 2008, pedindo protestos fora da Igreja da Cientologia e de seus centros no dia 10 de fevereiro de 2008. Em 2 de fevereiro de 2008, 150 pessoas se reuniram em frente de um centro da Igreja da Cientologia, em Orlando, Flórida, para protestar contra as práticas da organização. Outros protestos menores também foram realizados. Em 10 de fevereiro de 2008, cerca de 7000 pessoas protestaram em mais de 93 cidade do mundo. Muitos manifestantes usavam máscaras baseado no personagem Fawkes do V de Vingança, ou de outra forma disfarçando a identidade, em parte para se proteger de represálias por parte da Igreja.

Em 15 de março de 2008, o grupo realizou uma segunda onda de protestos em cidades de todo o mundo. A taxa de participação global foi estimada entre 7 mil e 8 mil pessoas, um número semelhante ao da primeira onda de protestos anonymistas. Uma terceira onda de protestos aconteceu em 12 de abril de 2008, com o nome de "Operation Reconnect"(Operação Reconectar), que teve como objetivo aumentar a consciência das pessoas em relação à pratica que existe na Igreja da Cientologia de "desconectar" os seus fiéis das pessoas que podem estar atrapalhando o seus crescimento espiritual.

Em 17 de outubro de 2008, um jovem de 18 anos de Nova Jersey descreveu-se como um membro do Anonymous e afirmou que iria se declara culpado de envolvimento nos ataques de DDos de Janeiro de 2008 contra os sites da Igreja da Cientologia.
Em 28 de março de 2008, a Wired News noticiou que "hackearam" um fórum de discussão sobre epilepsia, mantido pela Fundação de Epilepsia da Améria. Segundo a publicação, o código JavaScript e animações de computador foram postados com a intenção de desencadear enxaquecas e convulsões nos epilépticos. Ainda de acordo com a Wired News, a evidência circunstancial sugeria que o ataque foi perpetrado por membros do Anonymous. Os membros do fórum epilepsia disseram ter encontrado uma mensagem de que o ataque estava sendo planejado no site 7chan, um imageboard considerado como reduto dos membros do Anonymous. Entretanto, não foi possível associar de fato a causa ao grupo, uma vez que muitos jovens na internet se passam por integrante do Anonymous para popularizar seus feitos.
RealTechNews relatou que um outro fórum sobre epilepsia, desta vez do Reino Unido, mantido pela Sociedade Nacional para Epilepsia, também foi alvo de um ataque semelhante. O jornal afirmous que "membros do Anonymous" haviam negado a autoria de ambos ataques e informaram que os ataques teriam sido feito pela Igreja da Cientologia. Os administradores do 7chan postaram uma carta aberta afirmando que os ataques forma realizado pela Igreja da Cientologia "para arruinar a opinião pública em relação ao Anonymous, para atenuar o efeito dos protestos legais contra a sua organização".
Alguns participantes do Projeto Chanology sugeriram que os agressores são usuáriso de internet que apenas se mantêm no anonimato, no sentido literal e, portanto, não teve nenhuma afiliação com os esforços anti-cientológos do Anonymous. Durante uma entrvista com a CNN, Anonymous foi acusado de invadir o site da Epilepsy Foundation para obrigá-los a exibir imagens com a intenção de causar crises epilépticas. O entrevistador John Roberts afirmou que o FBI disse que "não encontrou nada que conecte (esses ataques) ao Anonymous", e que também não tem "nenhuma razão para acreditar que acusações serão apresentadas contra o grupo".

Movimento Verde Irariano

Protestos em Teerão, em 16 de junho.

O Movimento Verde Iraniano constituiu-se a partir de uma série de protestos, contestando o resultado da eleição presidencial do Irã de 2009, que dava a vitória ao presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Página de abertura de The Pirate Bay, em 20 de junho de 2009, manifesta apoio ao Movimento Verde Iraniano.

Após as alegações de manipulação dos resultados da eleição presidencial de junho de 2009, que deram a vitória ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, milhares de iranianos participaram de manifestações de protestos.

Anonymous, juntamente com The Pirate Bay e vários hackers iranianos lançaram um site de apoio ao Movimento Verde Iraniano, chamado Anonymous Iran. O site foi apoiado por mais de 22000 usuários em todo o mundo e permitiu a troca de informações entre o Irã e o resto do mundo, apesar das tentativas do governo iraniano de censurar notícias sobre os protestos envidas pela Internet.

Vingar Assange
Em Dezembro de 2010, o site WikiLeaks foi duramente pressionado a para de publicar telegramas secretos do serviço diplomático dos Estados Unidos. Anonymous anunciou seu apoio a WikiLeaks, e lançou ataques DDoS cotra Amazon, PayPal, MastarCard, Visa e contra o banco suíço PostFinance, que haviam tomado medida hostis contra Wikileaks (bloqueio de ativos e transferências financeiras, recusa de hospedagem do site,etc.). A segunda parte da ofensiva foi executada sob o codinome Operation Avenge Assange (Operação Vingue Assange), ou seja, vingança em nome do fundador da Wikileaks, Julian Assange. Em razão dos ataques, tanto o site da MarterCard quanto o da Visa foram derrubados, em 8 de dezembro.
Desde que Bradley Manning - o soldado suspeito de ter promovido o vazamento do material confidencial para Wikileaks - foi transferido pra a prisão de uma base dos marines em Quantico, Virginia, em julho de 2010. Houve denuncia de abusos devido as condições de isolamento de Manning, em uma área de segurança máxima. Em resposta à prisão de Manning e ao tratamento dado a ele, Anonymous ameaçou desestabilizar as atividade da base de Quantico através de cyber-ataques às comunicações, com exposição de informações privada do pessoa e outro métodos de constrangimento. A chamada "Operação Bradical" seria, segundo declarou o porta-voz Barret Brown, uma resposta direta aos maus-tratos que Bradley teria sofrido. Porta-vozes dos militares responderam que a ameaça visava impedir o cumprimento da lei e atingir os militares que atuavam no anti-terrorismo, e que Anonymous seria objeto de investigação.

Anonymous e a Primavera Árabe

Imagem espalhada durante a Operação Tunísia

Os websites da Tunísia foram alvos do Anonymous devido a censura dos documentos da Wikileaks e da Revolução da Tunísia. Houve relatos de tunisianos ajudando os ataques DDoS lançados pelo Anonymous. O papel do Anonymous nos ataques DDos contra os sites do governo da Tunísia levaram a um aumento significativo no ativismo por parte do tunisianos a repressão do governo sobre os recentes protestos e a colocou no site do governo tunisiano. O Anonymous nomeou seus ataques como "Operação Tunísia", e realizou ataques DDoS com sucesso em oito websites do governo, que respondeu tornando suas páginas inacessíveis para acessos de fora do país. A polícia tunisiana prendeu ativistas online e bloggers de dentro do país, e os interrogaram sobre os ataques. O website do Anonymous sofreu um ataque DDoS em 5 de Janeiro.

Durante a Revolução Egípcia de 2011, websites do governo egípcio, junto com websites do Partido Nacional Democrático, foram hackeados e tirados do ar pelo Anonymous. Os sites permaneceram offline até o presidente Hosni Mubarak renunciar.

Anonymous se dividiu na guerra civil da Líbia, enquanto uns hackearam os websites do governo líbio e convenceram o host do website pessoal do líder líbio, Muammar Gaddafi, a tirar o site do ar, outros membros se aliaram ao ditador, no que eles chamaram de "Operação Reação Razoável". Os ataques pro-Gadaffi foram muito mal sucedido, apenas conseguindo tirar do ar uma minoria dos dites da oposição, mas por pouco tempo.

O Anonymous também liberou os nomes e senhas de endereços de e-mail de oficiais do governo do Oriente Médio, em apoio a Primavera Árabe. Países afetados incluem oficiais do Bahrein, Egito, Jordânia e Marrocos.

Na Operação Malásia, em 15 de Junho de 2011, o grupo lançou ataques contra 91 websites do governo da Malásia, em resposta ao bloqueio de websites como WikiLeaks e The Pirate Bay dentro do país, o que o grupo considerou como censura de direito humanos básicos à informação.

Na Operação Síria, no início de Agosto, o Anonymous hackeou o website do Ministério da Defesa da Síria, e o substituiu com uma imagem da bandeira pré-Baath, um símbolo do movimento em favor da democracia no país, assim como uma mensagem de apoio à Revolta Síria e chamado aos membros do Exército Sírio para desertarem e defenderem os protestantes.

Em Setembro, um grupo ligado ao Anonymous apareceu no Twitter, chamando-se RevoluSec, abreviação de "Revolution Security". Eles fizeram um comunicado de imprensa no Pastebin para se esclarecer a sua missão. Eles desfiguraram muitos sites sírios, incluindo as páginas de cada grande cidade do país. RevoluSec também desfigurou o site do Banco Central da Síria, assim como diversos sites a favor do regime, substituindo-os com uma imagem de Bashar Al-Assad acompanhado do Nyan Cat.

A Telecomix trabalhou com o Anonymous através da operação. Enquanto a Telecomix mostrava aos sírios como escapar da censura, o Anonymous hackeava o regime de todas as maneiras que conseguiam. Ambos os grupos possuíam canais IRC dedicados à operação.

Operação Darknet_Aconteceu em outubro de 2011, Anonymous realizou uma campanha contra a pornografia infantil protegida por redes anônimas. Eles derrubaram 40 sites de pornografia infantil, publicaram o nome de mais de 1500 pessoas que frequentavam essas páginas, e convidaram o FBI e a Interpol para acompanhá-los.

            LulzSec

Lulz Security
Logotipo utilizado pelo grupo

Lulz Security, abreviada por LulzSec, foi um 

grupo hacker-ativista , responsável por 

ataques de alto perfil, incluindo o roubo de 

mais de 1.000.000 de contas de usuários da

 Sony em 2011. Declarou guerra aberta aos 

governos, bancos e grandes corporações em 

parceria com o Anonymous. Às vezes, o 

grupo também é referido como TheLulz Boat 

ou Jangada dos Lulz por conta da música 

tocada em seu site oficial tema de The Love 

Boat. Seu primeiro ataque foi contra a 

Serious Organised Crime Agency do Reino 

Unido.Foi fundada pelo hacker Sabu.

Após 50 dias de existência anunciou o término de suas atividades. No entanto, ações do braço brasileiro continuaram a ocorrer. O Lulz passa a ser mais que um grupo aliado do Anonymous, mas a própria característica do Anonymismo.

O braço brasileiro da organização foi declarado como responsável por remover sites do governo do Brasil do ar na madrugada de 22 de junho de 2011. O anúncio foi realizado em seu Twitter: TANGO DOWN brasil.gov.br & presidencia.gov.br e elogiada pela unidade central do grupo. Neste mesmo dia atacou o site da Petrobrás e tentou atingir o site da Receita Federal. Teria publicado o caminho para recebimento de e-mails de funcionários da Petrobras e senhas e logins do Ministério do Esporte do Brasil, mas os órgãos contestam as revelações e diz não ter vazado nenhum dado.

No dia 22 de junho de 2011, após ataques frustrados aos sites da Presidência da República, da Receita Federal e ao Portal Brasil, assumiram a autoria da derrubada do site da Petrobras.

O LulzSecBrazil divulgou diversos dados pessoais de Dilma Rousseff e Gilberto Kassab como números do CPF e do PIS, data de nascimento, telefones de ambos os afetados e nome da mãe e endereços eletrônicos pessoais de Kassab.

Occupy Waal Street

Occupy Wall Street ('Ocupe Wall Street'), OWS, é um movimento de protesto contra a desigualdade econômico-social, a ganância, a corrupção e a indevida influência das empresas (Corporativismo) - sobre tudo no setor financeiro - no governo dos Estados Unidos. Diversos membros do Anonymous demonstraram apoio ao movimento Occupy Waal Street, atendendo aos protesto locais e criando blogs que davam cobertura ao movimento. Pelo fato do movimento não se restringir no Estado Unidos e se espalhar para outras partes do mundo ficou conhecido como Movimento Occupy ou Ocupacionismo.

Iniciado em 17 de Setembro de 2011, no Zuccotti Park, no distrito financeiro de Manhattan, na cidade de Nova York,  o movimento ainda continua, denunciando a impunidade dos responsáveis e beneficiários da crise financeira mundial (2008) que há consequências até hoje. Os movimento Occupy posteriores ganharam uma dimensão maior, se caracterizando pelo anti-capitalismo e demais ideologias políticas.
As manifestações foram a princípio convocadas pela revista canadense Adbusters, inpirando-se nos movimentos árabes pela democracia, especialmente nos protestos na Praça Tahrir, no Cairo, que resultaram na Revolução Egípcia de 2011. A denúncia de que o megainvestidor George Soros seria um financiador do movimento foi desmentida pela própria agência que divulgara a versão.
No dia 1º de outubro 2011, o prtesto mobilizou de cinco a dez mil pessoas. Ao longo dos últimos meses de 2011, uma onda de protestos semelhantes espalhou-se por diversas outras cidades nos Estados Unidos (Boston, Chicago, Los Angeles, Portland, São Francisco, entre outras), na Europa e em outras partes do mundo.
A estratégia do movimento é manter uma ocupação constante de Wall Street, o setor financeiro da cidade de New York. As pessoas se organizam em assembleias gerais, nas quais todas podem falar e participar das decisões coletivas. Os manifestantes indicaram que a ocupação será mantida "pelo tempo que for necessário para atendimento às demandas. "O slogan, We are the 99% ("Nós somos 99%), refere-se à crescente desigualdade na distribuição de renda das riquezas nos Estados Unidos, e no mundo, entre o 1% mais rico e o resto da população. Para promover mudanças OWS aposta na ação direta, ou seja, sem representantes.
No site do Occupy, o OWS é descrito como um movimento de resistência, sem liderança, "com pessoas de muitas cores, gêneros e opiniões políticas. A única coisa que todos temos em comum é que nós somos os 99% que não vão mais tolerar a ganância e a corrupção de 1%. Estamos usando tática revolucionária da Primavera Árabe para alcançar nosso fins e encorajar o uso da não violência para maximizar a segurança de todos os participantes. Este movimento #OWS dá poder a pessoas reais para criar uma mudança real, de baixo para cima. Queremos ver uma assembleia em todo quintal, toda esquina, porque nós não precisamos de Wall Street e não precisamos de políticos para construir uma sociedade melhor".
O Occupy Wall Street se torna revolucionário quando luta por uma Democracia não controlada pelo dinheiro e adota ideais ativistas caracterizado pelo Apartidarismo.

OCCUPY BRASIL_Ocupa Sampa

Aqui no Brasil o Movimento Occupy iniciou-se no dia 15 de Outubro de 2011 , em São Paulo (15 O.sp), como Acampa Sampa ou Ocupa Sampa. O povo paulistano ocupara o espaço público do Vale do Anhangabaú, mas precisamente embaixo do Viaduto do Chá. trata-se de um movimento pela Democracia Real e Participativa é principal a reivindicação pelo investimento de 10% do PIB para a educação pública, contra a construção da usina de Belo Monte, que é contra o Código Florestal, Tarifa Zero, Contra os gastos na Copa do Mundo, dentre outras reivindicações.
O Ocupa Sampa, é formado por estudantes, trabalhadores, domésticas, moradores de rua, aposentados, desempregados, artistas de rua, etc. Todos estão unidos por um mundo melhor, onde a lógica do Sistema não seja a exploração do ser humano, e sim o respeito ao ser humano e a natureza. Não há lideranças, todos possuem o mesmo poder de voz. Ninguém manda em ninguém, e todas as decisões são feitas por consenso. As assembleias são públicas e todos podem falar
                                       
O movimento do 15Osp (Ocupa Sampa) foi influenciado pela "Primavera Global" do Ocupacionismo, ou como foi chamado, "GlobalNoise"(Ruído Global); pelo movimento dos "Indignados" na Espanha e  Além de entre outros movimentos que lutam pela moradia e contra a especulação imobiliária, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto),etc.

Depois do Ocupa Sampa houve um movimento que também esteve presente no Ocupacionismo brasileiro, foi o Ocupa Salvador iniciado dia 12 de Maio 2012, em  Salvador no bairro de Ondina. O principal lema é "Pense global, aja local". Uma das principais críticas desse movimento era com relação a privatização de uma praça pública. Apelidada pelo movimento de "Praça dos Indignados".A partir do Ocupa Salvador o movimento se dissemina pelo Brasil. 

Um dos acontecimentos marcantes promovido pelo 15Osp e pelo MTST foi o manifesto contra a especulação imobiliária por causa da Copa de 2014 e os incêndios  que acontecerem nas favelas por causa disso.
O que levou os manifestantes atacar o principal símbolo da Copa, que é o mascote, que foi apelidado pelo grupo de "TATUdoErrado", porque consideram que a Copa é um grande erro. O evento aconteceu três vezes.Uma vez em Porto Alegre, outra em São Paulo e em Brasília.
 


Atualmente os movimentos anonymista e ocupacionista brasileiro  estão voltados para a questão dos índios Guarani-Kaiowá, que estão perdendo suas terras e até mesmo as vidas por causa do agro-negocio.

 Assim como a maioria desses movimentos foram planejados pela internet, ou até mesmo praticados pela internet. Muitos ciberativistas reivindicaram a causa no Twitter ou no Facebook, e os ativistas manifestam-se e lutam abertamente pela causa indígena. Essa é uma questão realmente revolucionária, precisando de reformas até mesmo na constituição, além de ter-se de derrubar a corrupção.

O Occupy ganha várias facetas no Brasil e no Mundo. Desde movimentos "anti-fascista", a favor de um democracia real-participativa, contra a corrupção, contra o autoritarismo implícito e explícito, contra as agressões de animais à movimentos trabalhistas e revolucionários...Com várias influencias.



Occupy Nigéria

É um um movimento de protesto que começou na Nigéria na segunda-feira 2 de janeiro 2012, em resposta ao combustível subsídio remoção por parte do Governo Federal do presidente Goodluck Jonathan no domingo, 1 janeiro de 2012. Protestos ocorreu em todo o país, inclusive nas cidades de Kano, Ojota, Abuja, e na Embaixada da Nigéria em Londres. Pelo menos 16 pessoas foram mortas na Nigéria, todos mortos a tiros pela polícia da Nigéria. Os protestos têm sito caracterizados por desobediência civil, resistência civil, ações de greve, manifestações e ativismo online. O uso de sites de mídia social como Twitter e Facebook tem sido uma característica proeminente. Em junho de 2012 o Occupy Nigéria continuou a participar em reuniões organizadas, evento e ações.
Em solidariedade com o Occupy Nigéria o Anonymous juntou forças com o grupo "Frente Popular de Libertação" e o "Naija Cyber Hacktivists of Nigeria". Anonymous prometeu "um assalto implacável e devastador sobre os bens da web do governo da Nigéria". Isso foi em protesto à remoção do subsídio de combustível, do qual a maioria da população pobre nigeriana dependia para sobreviver. Como consequência da ação, o preço do combustível e do transporte subiu muito, causando extrema dificuldade para a maioria dos nigerianos. Em 13 de janeiro, o website da Comissão de Crimes financeiros e Econômicos da Nigéria foi hackeado pelos Anons (abreviação referente aos membros do Anonymous).

Occupy London

Assim como o Occupy Brasil, o Occupy Londres aconteceu no dia 15 de Outubro de 2011, e prolongou-se até 14 de Junho de 2012. Sua missão inicial era unir os trabalhadores e desempregados iguais, a fim de trazer à tona, a falta de acessibilidade a habitação no Reino Unido, a injustiça social, a ganância corporativa e da influência de empresas e lobistas(influentes na política) sobre o governo. Frustrado em seu objetivo original de acampamento fora da Bolsa de Londres, um acampamento, como o Acampa Sampa, foi criado perto ao lado da Catedral de São Paulo. em 18 janeiro de 2012 o Sr.Justiça Lindblom concedeu liminar contra a continuação do protesto; mas os manifestantes permaneceram no local aguardando um apelo. O apelo foi recusado em 22 de fevereiro, e da meia-noite, logo após a 28 de fevereiro oficiais da justiça apoiadas pela cidade de Londres a polícia começou a remover as barracas.

Os protestos começaram em solidariedade com o Occupy Wall Street, manifestações que aconteceram em Nova York,EUA; e com apoio do grupo Uk Uncut, que luta contra a evasão fiscal e medidas de auteridade; e do London contingente base do movimento espanhol dos Indignados 15M que também lutam contra as medidas de austeridade por causa da crise européia.
Un Uncut movimento contra os cortes fiscais e anti-austerizo.
Em Outubro manifestantes estabeleceu dois assentamentos no centro de Londres: um fora  na Catedral de São Paulo, em Londres e outro em Finsbury Square apenas para o norte da cidade. 

Em novembro, um site de terceiro manifesto maior foi aberto em um complexo de escritórios em desuso de propriedade UBS. Nomeado pelos manifestantes como o Banco de Idéias, o local foi localizado em Hackney até que ocupantes foram expulsos no final de janeiro de 2012. O quarto manifesto foi criado em finais de Dezembro, nas instalações não utilizadas da Velha Corte de Magistrados de rua na zona leste de Londres. Os proprietários do local opôs a sua utilização a longo prazo pelos ocupantes, e foi alcançado um acordo para a construção para ser desocupado até o final de janeiro de 2012.

Em fevereiro de 2012, o ocupantes foram expulsos de seu acampamento principal em São Paulo(Catedral), e do Banco de Idéias, deixando Finsbury Square como o site de Londres, ultimo lugar ocupado. O Finsbury acampamento Square foi em si apuradas pelas autoridade de junho 2012; vários dos ocupantes passou a estabelecer um novo campo em Shoreditch Park, mas só permaneceu lá por alguns dias. Embora já não mantem uma grande ocupação física, o Occupy London continua a organizar reuniões, eventos e ações.

Partido Pirata

Símbolo do Partido Pirata fundado na Suécia.

Os Anonymous anda lado a lado com o Partido Pirata, criado na Suécia em 2006. É também uma das facetas do movimento anonymista, pode ser denominado como movimento da pirataria, 'Piratarismo' ou movimento pirata, Piratismo.

Manifestação do Partido Pirata na Suécia.

Partido Pirata refere-se aos partidos políticos que têm como bandeira a luta contra as atuais leis de propriedade intelectual e industrial, incluindo copyright © e patentes, contra a violação do direito de privacidade e a favor do respeito ao domínio público, da promoção de práticas de copyleft, dos sistemas operativos, livres e das práticas do compartilhamento. Surgido na Suécia, devido ao rápido crescimento de popularidade do Partido Pirata na Suécia, o movimento se espalhou por dezenas de países, onde diversos partidos piratas se organizam para defender pautas semelhantes. Na Europa, o movimento ganhou mais força nos países escandinavos, mas também vêm crescendo nos demais países, inclusive no leste europeu. No Brasil, o movimento para criação do Partido Pirata existe desde 2007; em Portugal desde 2009.

O movimento dos partidos piratas surgiu para defender o acesso à informação, o compartilhamento do conhecimento e o direito à privacidade, ameaçados pelas tentativas de governos e corporações de controlar e monitorar os cidadão com instrumentos tecnológicos ou pela internet.

O Partido Pirata possui grupos já estruturados atuando em cercar de 23 países e uma rede de ativistas que se expande gradualmente a outro países, pois é conectado ao Anonymous, embora aja separadamente.

O Partido Pirata alemão já elegeu 43 deputados estaduais na Alemanha e se prepara para as eleições federais de 2013. Em abril de 2012, contava com aproximadamente 12% das intenções de voto. Internamente, o partido utiliza um software de Democracia líquida.(que é um sistema misto entre democracia representativa e democracia direta, aonde o voto não se limita as eleições, mas é valido ao mandato todo)"O controle do governo nas mão do Povo (e não somente no dia das eleições)", dentre outros, já praticam e defendem a democracia líquida, em caráter experimental.

Partido Pirata Português (PPP) Nascido a 11 de maio de 2009, o movimento para a criação do partido foi criado como movimento por alunos da Engenharia Informática na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa à imagem do homólogo sueco. Está a proceder-se à recolha de assinaturas para a sua oficialização.

Símbolo do Partido Pirata Português.

Partido Pirata do Brasil

Símbolo do Partido Pirata do Brasil

atua no coletivo. Seu núcleo surgiu em 2007, e no final do ano seguinte seu fórum contava com mais de 300 participantes cadastrados. O fórum atual, na rede social Facebook, conta com mais de 1500 membros. Seu primeiro encontro nacional oficial foi realizado em março de 2009, a "I Insurgência Pirata". Em 28 de julho de 2012 o Partido Pirata do Brasil foi fundado na Sede Social da Soledade, em Recife, com a presença de cerca de 130 ativistas e simpatizantes de 15 estados brasileiros. O foco de atuação do Partido Pirata brasileiro inclui também entre as pautas prioritárias a inclusão digital e a transparência pública.

Os ativistas do partido pirata brasileiro se reuniram em vários eventos, como o Campus Party, em São Paulo e o Circo Digital, no Rio de Janeiro, mas seu primeiro encontro oficial foi realizado nos dias 28 e 29 de março de 2009, que foi a Insurgência pirata, esse evento reuniu parte de sus principais ativistas para definir as pautas de atuação. A fundação do partido ocorreu durante a convenção nacional, entre dias 27 e 28 de julho de 2012, em Recife. O estatuto e o programa já aprovados serão registrados em Cartório para que o Partido Pirata passe a ser uma organização política nos moldes da lei, uma pessoa jurídica, com CNPJ partidário. O próximo passo será coletar cerca de 500000 assinaturas em todo o Brasil e registrar o estatuto no Trinbuna Superior Eleitoral, para que o Partido possa concorrer às eleições. A partir do estatuto, foi definido por votação majoritária que o nome oficial do partido seria "Partido Pirata do Brasil", a sigla seria "PIRATAS", e que seu fururo número de votação seria o 42.

O ideário pirata

 foca na atuação na defesa dos direitos humanos, em especial o da liberdade de expressão e privacidade, ameaçadas pela tentativa de controle de rede para se banir a troca de arquivos, a transparência governamental e o compartilhamento no conhecimento.

O partido defende também a inclusão digital, o software livre e a total transparência no poder político e a construção de políticas públicas de forma participativa e colaborativa.

O Partido Pirata do Brasil expandiu, nos últimos anos, seu leque ideológico. Atualmente, o membros do PIRATAS defendem causas ligadas à diferentes movimentos sociais, tais como o fenimismo, o homossexualismo, a defesa do direitos dos negros e dos diretos dos LGBTs, além de atuarem a favor do Estado laico.

Operação Megaupload e Protestos Anti-SOPA

Em 19 de Janeiro, o Megaupload, um site que fornecia serviços de compartilhamento de arquivos, foi tirado do ar pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI. Isso levou ao Anonymous chamou de "o maior ataque da história da internet". Barret Brown, descrito como um porta-voz do grupo Anonymous pela RT, disse que o momento do ataque "não poderia ter vindo numa pior hora, em termo do ponto de vista do governo". Com o protesto contra as leis SOPA e PIPA tendo acontecido no dia anterior, foi alegado que usuários da internet estavam "muito bem preparados para defender uma internet livre".

Brown disse à RT que a página do Departamento de Justiça foi derrubada apenas 70 minutos depois do início dos ataques. Dias depois, muitas das páginas ainda estavam fora do ar ou muito lentas ao carregar. O ataque desligou diversos depois do início dos ataques. Dias depois, muitas das páginas ainda estavam fora do ar ou muito lentas ao carregar. O ataque desligou diversos websites, incluindo aqueles que pertencem ao Departamento de Justiça, ao FBI, Universal Music Group, a RIAA, a MPAA, e a Broadcast Music. "Mesmo sem a SOPA ter passado, o governo federal sempre teve um tremendo poder para fazer algumas das coisas que eles queriam fazer. Então, se isso é o que pode ocorrer sem a SOPA ter passado, o governo federal sempre teve um tremendo poder para fazer algumas das coisas que eles queriam fazer. Então, se isso é o que pode ocorrer sem a SOPA ter passado, imagine o que pode ocorrer depois que a SOPA passar", comentou Brown. Alguns comentaristas e observadores afirmaram que o desligamento do Megaupload pelo FBI prova que SOPA e PIPA são desnecessárias. Apesar das ações do Anonymous receberam apoio, alguns comentadores argumentaram que os ataques de negação de serviço colocavam em perigo o caso anti-SOPA.
O ataque incluiu um novo e sofisticado método, onde usuário da internet clicavam em links distribuídos pelo Twitter e salas de bate-papo e, alguns sem o seu conhecimento, participavam em um ataque de negação de serviços, infringindo leis existentes nos Estados Unidos. Anonymous usou o "Low Orbit Ion Cannon" (LOIC), no dia 19 de Janeiro de 2012, para atacar quem apoiasse a SOPA. O grupo afirmou que esse havia sido o seu maior ataque, com mais de 5,635 pessoas participando no DDoS através do LOIC.
A Revolução Polonesa e o ativismo anti-ACTA na Europa

Em 21 de Janeiro, foi realizada uma série de ataques DDoS contra websites do governo da Polônia, pelos quais o Anonymous assumiu a responsabilidade e se referiu como a "Revolução Polonesa". O grupo, através de sua conta no Twitter, afirmou que era uma vingança pela futura assinatura do acordo ACTA pelo governo polonês.
Iniciando com o bloqueio das páginas sejm.gov.pl, do Primeiro Ministro Polonês, do Presidente, do Ministério da Cultura e Patrimônio Nacional, e continuando depois com o bloqueio dos websites da polícia, da Agência de Segurança Nacional e do Ministério de Relações Estrangeiras.

O ataque foi fortalecido pela cobertura da mídia, o que resultou em um interesse de opinião pública extremamente alto, seguido pelo blackou de populares websites poloneses no dia 24, e protestos contra a assinatura nos dias 24 e 25 de Janeiro, com milhares de participantes em grandes cidade polonesas. Outros alvos suspeitos foram as páginas do Pawel Gras, o porta-voz do governo (bloqueado depois de Gras negar que qualquer ataque tenha ocorrido), a página do Partido Popular Polonês (bloqueada após Eugeniusz Klopotek, membro do partido, apoiar a ACTA no ar em uma das maiores estações de TV). Páginas governamentais na França e o Ministério da Justiça, Ministério da Economia e a página do chanceler da Áustria também foram paralisados.

Afinal,O que é Anonymous?

Anonymous não tem uma identidade especifica, afinal eles são anônimos, Anonymous não se considera um grupo, pois agem de forma que os participantes não conhecem uns aos outros, Anonymous na verdade é somente um ideal, ou vários ideais, mas há as suas características principais. Que características principais são essas?

As suas origens, Que tem uma intrigante ligação com filosofias e ideologias conspiracionistas. 

Afinal, Anonymous é herói ou vilão?

fonte:[[Killuminati]]

Anonymous na verdade é um herói zombador ladino, que "zomba dos deuses", e que, pela astúcia e pela esperteza, consegue sobreviver à luta contra inimigos muito mais poderosos.

O herói zombador ladino não é nem mocinho nem o bandido. É o personagem que expõe contradições, inicia a mudança e faz avançar a narrativa. Num episódio o amado e heroico herói zombador ladino está salvando a civilização. Minutos depois, o mesmo herói zombador ladino mostra-se cruel e desalmado, chuta velhinhos e come criancinhas. Conversar sobre Anonymous é aproximar-se passo a passo da natureza desse herói zombador ladino, andar entre o elogio e o medo. E a imprensa, sempre perdida, sem saber como descrevê-los:

"grupo hacker", "conhecido grupo hacker", "hack-ativistas", "maquina de ódio da internet", "caras de palhaço", "adolescentes-militantes-de-porão", "organização militante", "um movimento", "um coletivo", "um grupo de vigilantes", "terroristas online", e várias outras expressões fantásticas e coloridas. Nenhuma delas descobriu realmente o que é preciso dizer. Os Anonymous sempre nos obrigam a recorrer a dicionário e enciclopédias - o que mostra que a imprensa, toda ela, ainda não tem ideia do que realmente sejam ou signifiquem os Anonymous.

Anonymous é uma cultura, afinal é preciso ser uma cultura para ter álbuns, palavras só suas e iconografia. É uma pequena cultura nascente, mas já tem estética e valores seus, além de arte e literatura, regras sociais e modos de produção, e tem, até, linguagem dialética própria.

Não surpreende que a imprensa e a cultura dominante esteja confusas, perdidas. Estudar os Anonymous tem de ser exercício de antropologia, que considere o modo como vivem as pessoas em sociedades diferentes. A mídia insiste em querer ver ali uma organização com um líder que explique àquela mídia por que os Anonymous só fazem coisas estranhas. E não só isso, porque os Anonymous parecem ter-se constituído em torno de fazer coisas estranhas e têm até expressão própria para dizer o que fazem: inventam lulz.

Lulz&Lunatismo

Esse lulz é o traço mais abstrato e mais importante que é preciso compreender sobre os Anonymous - e, talvez, sobre a própria internet. Lulz é rir, em vez de gritar. É uma risada que confunde e separa. É schadenfreude - rir da desgraça alheia, o malandro que ri da desgraça do otário. Não é o humor anestésico que ajuda a passar o dia. É humor que aguça todas as contradições. O lulz é riso que não esconde a dor. Obriga você a ver a injustiça e a hipocrisia, e não faz diferença de que lado você esteja de cada uma, no momento em que os Anonymous riem. Na cultura dos Anonymous, o lulz é a razão pela qual fazem o que fazem. Os Anonymous não são feitos para tempos fáceis; quando tudo está bem, o herói zombador ladino tira uma sesta, uma soneca.

Nenhuma cultura emerge do vácuo, e Anonymous não é exceção.O Anonymous nasceram no website 4chan criado em 2003, que se converteu numa seção do tipo "cabe tudo" conhecida hoje como the board. O 4chan, por sua vez, vem de um antecessor em japonês, chamado 2chan, criado em 2011. E antes disso, o malho lulz e hacker estava já bem vivo nas velhas salas de bate-papo, na EFnet e na cena hacker dos anos 1990. Mas, se você já andou até aí, acrescente também, como influências  Mondo2000 e publicações como RE/Search e um bilhão de zines idiotas, já falecidos à altura de 1996. Mas nada disso tampouco nasceu do nada.

A cultura hacker e praticamente toda a cultura de computadores daqueles anos nasceram na franja contracultural dos anos 1960/1970, de onde teve toda a influência conspiracionista do movimentos de aquários e dos novaerinos que estavam em alta por influência da "geração beat"

e além da influencia do Discordianismo e do livro Illuminatus! de Robert Anton Wilson e Robert Shea. Portanto, para acompanhar o fluxo, temos ainda de entender os hippies, o humorista Andy Kaufman e o Sutuacionismo. Ou vamos até início do século 20, conhecer o Absurdismo e o Dadaísmo?Ou, quem sabe, vamos logo ao livro dos livros, obra máxima, o grande épico trator lulz, Tristram Shandy de Laurence Sterne, 1759.

O lulz é uma caracterísca do lunatismo presente no Anonymous. O lunatismo é uma das filosofias conspiracionistas presentes no "humor" e na Mídia. O lulz e o lunatismo é uma forma humorística de alcançar um Surrealismo psicológico e o Niilismo.

Como o personagem "V" do ocultista Alan Moore que inspirou os Anonymous a adotar a máscara de Guy Fawks como ícone e item de moda, ninguém jamais pode decidir se Anonymous é herói ou anti-herói. O herói zombador ladino é atraído pela mudança e pela necessidade de mudar, e Anonymous fazem alguma coisa, ele nunca sai exatamente conforme os planos. A internet não tem limites claros.

O mito do herói zombador ladino mostrou-se tão sedutor que a rede lhe deu corpo, meteu-o na realidade. Anonymous, o herói zombador ladino da rede, emergiu como monstro sobrenatural de cinema, saído diretamente dos miasmas do pântano de ideias, diretamente para o mundo real.

O lado "/b/tards" do Anonymous

O lado negro da rizada lulz, tem origem no 4chan, nos fóruns de discussão /b/ board, aonde se podia publicar de tudo.

/b/ é o id da internet, versão inconsciente-coletivo. Nesses fóruns passou a ter um conteúdo adulto muito pesado, mas mais do que isso, era um lugar de 'refugio' para os perdidos e que buscava afastar os inconvenientes. Mas o id se tornou "um sarro ultra-coordenado", ataques organizados, os raids.

Os raids assumiram várias formas, em alguns casos mudaram-se para o mundo real. Às vezes, são como protestos em massa coordenados, ataques de DDOS, invasões diretas de quebra de segurança e invasão de websites ou bancos de dados ultraprotegidos. Vazamentos de dados protegidos, falsa encomendas de pizzas, inscrever outros para que passem a receber toneladas de e-mails não solicitados, rapidamente viraram rotina.

Trotes, trollagem, rickroll, hacking, são várias formas de raids que os /b/tards e os Anons faziam em nome do lulz.

Os Anonymous espalharam outros memes, como os lolcats, o longcat e o pedobear que se afastaram muito de sua origem, mas tiveram pouco efeito no resto do mundo.

Mas, sempre, os Anonymous mentem alguma coerência de atitude, embora, às vezes, envenenada. Distribuíram dados sigiloso de alguém que maltratou um gato. Em geral, perseguem quem maltrata gatos, porque os Anonymous adoram gatos e imagens de gatos.

Com o Projeto Chanology  Os /b/tards foi se tornando uma parte remota do Anonymous, os "moralfags" levaram a história toda a um novo patamar, dando consciência política ao Anonymous, foi a primeira vez que a internet aparecia nas ruas.

Anonymous Illuminati?

A Verdade é que há sim uma influência conspiracionista no Anonymous, mas deve-se levar em consideração o fato de que Anonymous é um ideal e não um grupo, embora este ideal surgiu de grupos de hackers e dentro deste mesmo ideal podem surgi demais grupos, assim como surgiu o LulzSec. Anonymous pode ter sido influenciado pela Conspiração assim como nossa sociedade é influenciada pela mesma, mas não significa necessariamente que eles sejam os próprio Illuminati. Como comentado anteriormente, Anonymous não é herói e nem vilão, não é mocinho e nem bandido, pois o Anonymous é um ideal que pode ser usado tanto para o bem, tanto para o mal. Os Illuminati pode até controlar os Anonymous, mas eles não são os Anonymous.

E como não existe "caminho do meio", deixaremos bem claro que um Anon pode ser anti-conspiracionista ou conspiracionista pode ser herói ou vilão, pode ser mocinho ou bandido, pode ser do bem ou do mal. Pois o Anonymous não é um ideal bom ou errado, mas é aquilo que fazemos dele.