terça-feira, 2 de setembro de 2014

Entre a loucura e a sanidade

Existe uma linha de intersecção entre a sanidade e a loucura, entre o conhecimento e a ignorância, entre a razão e a emoção, entre a imprudência e a sabedoria, entre o ciente e o inconsequente. Entre tudo aquilo que se demonstra firme, e em seu oposto se demonstra fluido, há um estado de passagem, há uma ligação que não é estável.
Se existe uma linha tênue entre a loucura e a sanidade, como saber quem é sóbrio e louco então?
Vivemos em uma sociedade aonde as pessoas buscam seguir padrões surgidos naturalmente ou artificialmente, que determinam como devemos ser, porém ao longo dos séculos o ser humano se tornou muito dependente desses padrões que por se só nos levam a insanidade sem percebermos.
Por isso muitos sábios ao longo da história são taxados de loucos, quando na verdade estavam apenas tentando nos libertar dos padrões inúteis da sociedade alienada, que caminha cada vez mais para a decadência.
Vivemos em uma sociedade de loucos que se sentem sãos, quando na verdade estão todos doentes alienados, impossibilitados de alcançarem o seu potencial mental por dependerem tanto de padrões e representações insanas.
Não existe sabedoria sem insanidade e nem loucura sem sensatez. Todos possuem os seus desejos insanos e todos buscam ser normal, quando na verdade são anormais. Enquanto isso aqueles que são sãos sentem-se obrigados a limitarem-se por serem denominados loucos. E esse é o ciclo de demência social: 
Todos sãos loucos tentando seguir padrões de normalidade que ignoram absolutamente a loucura dos sábios, e a sabedoria dos loucos.
Um sábio louco ou um louco sábio?

O Eterno Retorno

Um jovem perdido em seus sonhos e ilusões, cansado de tanto lutar e nada alcançar, um dia acordou em mais um dia chato, seguindo a mesma rotina de sempre, ele já se encontrava confuso, estava cansado de fazer sempre as mesmas coisas, todos os dias: tomava café da manhã ia pro trabalho, pausava só no almoço, voltava pro trabalho e de lá ia pra faculdade, da faculdade pra casa, direto pra cama. Todos os dias, mesma rotina.
Ele já nem sabia o que tinha feito durante todo dia, estava tudo tão chato e repetitivo para ele que nem se importava mais, chegava em casa vazio, como se não tivesse feito nada o dia todo. Quando chegava o fim de semana ele não fazia muito também, estava sem esperanças de algo novo, apenas resolvia o que tinha que resolver para o resto da semana.
Mais um dia se repetia e ele acordava descrente de todo aquele mesmismo, tudo parecia igual, já estava parecendo um Djavu, ele sempre pensava consigo mesmo ''Hey! eu já fiz isso!'', mas ele sabia que não o tinha feito realmente e prosseguia com a sua rotina naturalmente.
Ficava o dia inteiro em seu escritório arquivando documentos de uma forma consecutiva, as matérias que ele aprendia na faculdade pareciam ser sempre as mesmas também, e como no fim de semana ele não fazia nada, ele sempre estava por dentro das matérias novas e então tudo era familiar para ele, e mesmo quando ele não a estudava era como se fosse algo familiar para ele.
Chegava em casa, sentindo-se vazio como sempre, como se não tivesse feito nada o dia inteiro. Ele acordava no outro dia ia pro trabalho, arquivava os documentos, e tudo lhe soava novamente familiar, os arquivos parecem ser os mesmos, o dia não parecia mudar, até na hora do almoço quando ia comer uma comida diferente em um restaurante ele tinha a estranha sensação de que já pediu aquilo antes.
As mesmas aulas chatas, o mesmo lanche, os mesmos professores, os mesmos colegas...! Ele já estava se sentindo angustiado, parece que isso não tem fim! Ele estava pensando em tirar uma folga, mas até isso lhe parecia angustiante, pois as coisas que ele faz em casa são igualmente chatas e repetitivas. Mas no dia seguinte ele pediu folga para o patrão, como ele era um jovem competente e responsável o patrão liberou.
Aproveitando a oportunidade de folgar nosso jovem personagem foi dar um passeio na praça de sua cidade. Ele novamente estava tendo um Djavu, mas ele não esperava que dessa vez seria diferente. Ele estava atravessando a rua para voltar para casa, quando de repente aparece um carro e o atropela.
Ele acorda assustado, mas nem se lembra com o que sonhava. Meio atrasado para o trabalho levanta-se correndo para se arrumar. E mais um dia se repete, e ele passa a semana inteira nessa angustia, ele pensava em desistir do emprego, porém ele não tem como conseguir outro por agora, ele precisa permanecer nesse. Ele já pensou em desistir até da faculdade, mas ele visa um futuro que parece nunca chegar. Cansado, confuso, ele não sabe mais o que deve fazer...
O fim de semana chega finalmente! Ele resolve dar um passeio no bosque perto da praça que tem na cidade, lá tem um lago lindo, fazia tempo que ele não ia lá. Ele tava passando pela ponte, ela é muito antiga, ele se questionava como uma ponte poderia ser tão velha. Ele não esperava que ela fosse cair, por isso estava passeando por ela, ele nem estava lembrando do fato dele não saber nadar.
Ele não tem muitos amigos, os que ele tinha foram todos embora quando terminaram o ensino médio, ele estava completamente sozinho, não tinha facilidade para fazer amizades, poderia tentar conhecer alguém nesse fim de semana, mas ele não se importava realmente.
No outro dia ele até tentou ir numa balada, conhecer pessoas novas, mas ele não ia com a cara das pessoas com facilidade, ele era realmente um pouco antipático. Ao sair da balada ele se deparou com um bêbado pedindo dinheiro, ele se recusou a dar, mas também não esperava ser esfaqueado por causa disso.
Já é segunda, ele acorda descrente, sem nem lembrar o que ocorrera a noite passada, ele deve ter bebido muito pois a cabeça dele não estava nada boa, chegar atrasado de novo não vai ser legal, mas ele consegue arrumar a tempo de chegar no serviço, vê o patrão bem na porta olhando no relógio, aquilo lhe causa novamente aquela sensação de já ter visto isso antes, o patrão brinca com ele: ''Um minuto atrasado meu jovem, não é coisa do seu feitio isso''.
De volta as papeladas, mais e mais arquivos que parecem nunca acabar. Na faculdade ele estava distraído das aulas, e pensando como tudo lhe parece tão repetitivo, ele já pensou em desistir de tudo, mas não parece ser fácil assim, tudo torna-se a repetir, mesmo sem ele querer, ele não entendia o porque de ter que seguir uma rotina tão chata, e tudo o que ele almejava não parecia ser alcançável.
Ele consegue vencer mais uma semana exausto, nem sabe se vai sair de novo pra farrear igual da última vez, que graça tem fazer coisas que você não se lembra? Éh, talvez fosse melhor ficar em casa mesmo. Porém ele não esperava por um telefonema de uma colega da faculdade o convidando para sair, ele até estranhou, ele nunca tentou se aproximar de ninguém e deixava bem claro que não queria fazer amizades, mas ele não quis ser chato e aceitou o pedido.
Era uma festa que os atoas da sala tinha organizado, eles geralmente vão para a faculdade só para zuar mesmo, pois nem estudam, e essa colega que ligou é que ajuda eles a passarem de ano. Ele começou a se perguntar porque aceitou o convite, mas lembrou que não custava nada tentar fazer algo novo, até porque essa rotina já estava o matando.
Havia um globo no salão, a música eletrônica que estava tocando era até boa. Quando sua colega o chamou para dançar ele começou a ter Djavus outra vez, ele aceitou a dança, mesmo sem saber dançar, mas ela disse que o ensinava. Todos pareciam alegres, o ambiente estava agradável, ele estava começando a se soltar, estava até se enturmando com o grupo, até mesmo aceitando contato físico de sua colega.
Estavam todos bêbados, eles perderam a noção do tempo, passaram madrugada a fora com o som ligado, eles resolveram apostar racha. Nosso jovem personagem estava perdido nos encantos de sua colega, mas não esperava que fossem atropelados pelos seus colegas bêbados...
Mas um dia de trabalho o esperava, ele acordou de novo com ressaca, estava meio atrasado, mas se arrumou rápido, porém ele não esperava por uma surpresa. Tinha alguém na casa dele! Ele gelou o corpo inteiro, pegou alguma coisa para poder se defender, só achou o ferro de passar roupa.
O bandido estava na cozinha, ele estava comendo! - Como ele sabia onde estavam os utensílios para cozinhar? - Porque ele está comendo sentado na minha mesa? - Se perguntava. Quando ele viu algo familiar. Era ele mesmo que estava ali tomando o seu café da manhã para ir para o trabalho. Ele não esperava por isso, mas é verdade.
- O que faz eu ali? - Se questionava. Ele tentou de todas as formas se comunicar consigo mesmo, mas não conseguia, parecia que ele era um fantasma. Porque eu não consigo me ouvir? - se questionava.
Ele acompanhou-se o dia inteiro, até o momento que ele morreu!
Ele não estava entendendo nada, tentou se impedir de morrer três vezes e nada aconteceu. Porque eu estou aqui se eu não consigo me comunicar comigo mesmo? Foi quando ele entendeu o significado de tudo isso...
O Eterno Retorno, nunca tem fim

Hora de Acordar! - Alan Watts

Ler também:

O Universo

É a nossa casa o nosso lar, não importa em que lugar. O universo sempre será o nosso lar. Mesmo que ainda não aprendemos a amar, é o universo aonde tudo irá se passar. É nesse 'espaço-tempo' que estamos a caminha mesmo sem poder parar e ainda encontramos tempo para descançar.
Sob os céus, sobre o mar. Nas estrelas, ou em seu olhar. O universo sempre estará, onde quer que você vá. Basta imaginar, o tanto de coisas que nele há, como pode tudo suportar?  Já não é o suficiente pra se impressionar?
Então pare e pense o quanto já andou antes de aqui você chegar. Existe um mundo a sua volta, e você não quer enxergar? Pare um pouco para pensar, não percebe que existe algo bem maior pra se almejar? 
Existe um mistério na vida para cada um de nós desvendar, uma missão para cada ser vivo completar, um proposito para cada um buscar. Um universo imenso para explorar, uma vida inteirar para sonhar...

A Psique

Esse é o mundo aonde tudo se passa sem ninguém ver e nem perceber, o mundo invisível das coisas mentais, das coisas ideais, das coisas magináveis e inimagináveis. Um mundo criado pela nossa imaginação, um mundo aonde tudo se cria e onde tudo se faz e desfaz, o mundo de onde surge vários outros mundos. O mundo da criação, da imaginação, da razão e da sensação. O mundo aonde eu e você estamos.
Em nossa mente; onde tudo guardamos, onde tudo criamos, aonde tudo imaginamos. Em nossa mente onde tudo nasce e tudo morre. Onde controlamos o nosso corpo e os nossos sentimentos. Onde estão as pessoas que amamos e as coisas que esquecemos. De onde emana todas as lembranças, saudades e nostalgias. É desse nosso mundo psíquico da imaginação de onde vem todas essas formas diferentes de emoção.

This is my Universe

Este é o meu mundo e daqui não sairei. Fui jogado aqui nesse vazio, acharam que estavam me prendendo, me condenando e castigando, mas eles se enganaram fazendo isso. Aonde eu estou não é o céu, nem o paraíso, mas através do tempo pude criar algo grande, com a minha imaginação criei um novo universo dentro desse vazio. Acharam que iriam me limitar mais não conseguiram. Tentaram me arrancar tudo de bom, tentaram me tirar a liberdade, me tiraram tudo! Mas tudo eu refiz.
Ninguém pode tirar de mim o poder que tenho, o meu conhecimento, a minha imaginação. Pobre são os mortais que acham que podem me destruir tomando aquilo que tenho de material, quando na verdade isso tudo foi criado pelo mundo espiritual.
Não existe lugar melhor do que o nosso lar, mas melhor do que isso é poder viajar para outros mundo e através desses mundos criar o seu próprio mundo. Pois aquele que não se desprende não cresce, não muda. Aquele que fica estático em um só lugar não obtêm matéria, não adquire energia.
Mas depois que tentaram me prender em um mundo vazio, criado para nos torturar, aprendi que daqui não devo sair. Pois se eu sair lá fora eles vão descobrir, eles vão saber, que aqui dentro existe um mundo, um universo, criado por mim mesmo, e eles vão tentar destruir. Mas assim que necessário lá fora terei que sair, sei que vão tentar fazer eu cair, mas não vão conseguir. Eu estarei pronto, nenhum tropeço poderá me derrubar, nenhum espinho conseguirá me machucar.
Esse é o meu mundo, e enquanto eu viver ele vai existir, enquanto o mundo lá fora for inseguro, daqui não vou sair. E mesmo que descubram, nada irá me impedir de reconstruir tudo aquilo que um dia eu vi: um mundo harmônico e cheio de amor, um mundo em paz e sem dor.

O Poder da Imaginação

Ela deu inicio a toda criação do universo, ela quem alimenta os céus de constelação. Foi a primeira a brilhar em meio a escuridão. Pode ter sido a base de cada loucura e ilusão, mas foi também a maior fonte de inspiração.
Ela é quem nos enche de emoção ao ler um livro, ela que nos decepciona quando se vai e se estingue dentro de nós, é ela que nos proporciona sonhos, planos e sensações diversas. Ela é a rainha do mundo da ficção, a deusa da inspiração, da arte, da ciência, da literatura; ela é a fonte de sentimentos em nosso coração.
Elá é a fonte de poder dos reis e governos sobre as nações. Ela é a maior arma política das religiões. Todo poder emana da Imaginação assim como toda coerção não passa de uma ilusão.

Imaginação, a deusa da inspiração

Entre os Céus e o Inferno

Prólogo
Acreditando que a sociedade ocidental é basicamente cristã temos consciência do fato de ''todos'' acreditarem nos céus e no inferno. Todos esperam um dia morrer e chegar no paraíso. Assim como todos acreditam que existe um lugar de condenação para todos aqueles que não cumprirem com aquilo que for determinado como certo.
Cada religião tem uma versão diferente do céu e do inferno, e cada uma tem os seus dogmas, os seus critérios e a sua forma de alcançar a salvação. Assim como cada uma tem um conceito de como uma pessoa vai paro o inferno.
Todas elas concordam com o fato de que estamos entre dois mundos, dois universos paralelos. Os céus e o inferno. Um lugar de condenação e outro de salvação. Alguns acreditam no purgatório, outros acreditam que o purgatório é aqui mesmo, assim como tem aqueles que acreditam que tanto o céu como o inferno são terrestres.
Porém todos esquecem que o céu de um é o inferno de outro, enquanto você acredita que está indo para o céu de sua religião você está indo para o inferno de outra. Por mais que sabemos que isso não é verdade, mas mesmo assim não deixa de ser uma possibilidade.
Você nasceu condenado a morte. Aprendeu que a vida não é algo que se ganha, mas é algo que se adquire com os seus próprios esforços. Buscaste de toda forma a sua salvação, em todos os meios procuraste a redenção, porém acabou por se perder e se tornou-se submisso à instituições religiosas inúteis para a sua libertação. Não é isso que Deus queria para ti. Porque se prendes a tão limitadas regras? Não percebes que isso tudo não se estende a sua realidade? Agora tens de lutar pra sobreviver duas vezes, uma para conquistar o pão de cada dia e outra pra buscares viver uma vida que não existe. Se queres vida, não serás em coisas tão estáticas que irás encontrar.
Entre a Luz e as Trevas
Escondido sob os olhos, atrás de cada sombra, no fundo de cada abismo, se escondendo entre as trevas, em meio a escuridão. Um dia surgiu a luz, um dia surgiu a religião, abertas foram as portas da salvação. Uma ponte entre os rios, um milagre sem cura, os céus sempre estiveram sobre nós. Porque mesmo a religião?
Uma gota de sangue caindo do céu, acabou-se o que é amargo, acabou-se o que era fel. Sob a luz do sol, sob o brilho do luar, em algum lugar, eu encontrei o segredo para a libertação. Eu descobri que me preocupava em vão.
Os santos caíram e a última chama do inferno se apagou, as trevas voltaram e a terra se abalou, seria o inicio ou o fim de tudo o que se criou? Os céus lançaram sobre nós a última condenação, será o Juízo o fim de toda nossa escuridão?
Ver também:
Desvairismo Crítico:O Paraíso dos Demônios é na Terra e o dos Ímpios é no inferno

Um Altar as Decepções

Distopia é melhor
Sonhei em um mundo melhor, onde fossemos todos livres do Sistema e da rotina, onde fossemos livres de verdade e não presos a uma "Democracia", uma falsa liberdade. Mas um dia eu acordei e descobri que tudo não passava de uma Utopia. Eu a admirava, achava a Utopia boa, mas não sabia que toda Utopia é um Sonho Impossível, e só Deus o sabe.
Um dia tentei lutar, em nome dessa Utopia. Um sonho de Amor e Liberdade, um sonho utópico, sim, um sonho e não uma ilusão. Mas ao ser censurado eu me desilude com toda essa Utopia, me mostraram que isso é Anarquia, me fizeram desgostar de minhas utopias... Liberdade é Anarquia? Então abracei a Anarquia.
Porém, como sempre, me desiludiram novamente e me fizeram ver que toda essa Utopia Anárquica é caótica e destrutiva, mas se Anarquia é Caos eu to lutando pelo quê? Nós já vivemos o Caos, nós já vivemos a Anarquia. Acordei mais um dia e vi minha Utopia se tornar real da forma mais desagradável possível. Já vivemos a Anarquia? Lutar pelo o quê então?
Então desiludi vi minha Utopia se tornar em Distopia, ôh sim, a Distopia é melhor, pois ela não vivemos como já vivemos a caótica "Anarquia" criada pelo Estado. Agora eu não luto mais, pois a Distopia acontece sozinha, sem a nossa ajuda o Caos se ergue diante de nossos olhos e destrói a si mesmo. A Distopia é linda, maravilhosa, ela se torna real sem ter que lutarmos por ela, ao contrário da Utopia inexistente e surreal.
Agora todos os dias vivo uma vida distópica de admiração ao caos que destrói a si mesmo por um mundo cada vez mais caótico... Não faz sentido mais lutar.

Paranoia
Você perdeu a confiança em todos a sua volta. Depois que você descobri que nada é verdade, que nada é real; você fica perdido em conceitos, crenças e utopias inúteis. E agora que nem isso tens mais? Depois que todos os teus sonhos e utopias de mundo morreram, o que sobrou? Apenas uma descrença, desesperança, desilusão e uma distopia enorme. Esperando o caos ti buscar e a escuridão ti engolir ficas ai parado esperando o tempo passar?
Perdeste a fé na mudança, não vês mais um motivo para lutar.
Sem ter em quem confiar, e nada para acreditar, vives preso à si mesmo, não se abre mais para ninguém, com medo de se decepcionar, prefere se isolar. Estás cansado da hipocrisia humana preferes morrer sozinho do que arriscar.
Em todo lugar que passa parece que estão falando de você. Parecem estarem tramando contra você. Sempre paranoico, cansado de ser feito de bobo, pensas o pior de todos.
As pessoas parecem ti perseguir, em todos os lugares elas estão a falar de você, não ti deixam mais em paz, não há mais privacidade, em todos os lugares, ou mesmo sozinho, parece noia, mas não é, não tem como ser. Mas no fundo sabes que está ficando paranoico, pois não aguenta mais a pressão, eh em sua volta tudo se desintegrando, todos ti observando, tudo parece noia, noia, noia...
UM PASSEIO ATRAVÉS DO CAOS
incerta caminhada para chegar em algum lugar,
mesmo sem saber onde parar,
estamos a caminhar...
Um dia a gente vai ter que parar,
E em algum lugar chegar.
Seja a terra, o céu, inferno ou mar...
Um dia, nós vamos chegar a algum lugar.
Enquanto o tempo não parar,
A viagem vai continuar,
Eu tento não parar mesmo se cansar.
Mas eu vivo no escuro, incerto, sem saber quando onde pisar.
Espero que o tempo passe, me esquecendo do caos que vive a me atormentar...
Eu só quero uma soneca, um sono para descansar.
Que caiam os céus, que trema a terra, e o caos está novamente à me atormentar.
E enquanto isso eu vou estar dormindo, inerte, neste caos inconsequente...
Eu não me importo mais com tudo isso.
As coisas às vezes parecem meio sem sentido.
E tudo ao meu redor parece diluir, degradar e decompor-se lentamente...
Eu não sei se algo é mais importante...
Porque todas as coisas perderam o seu sentido...
Antes acreditava em algo maior, algo importante a fazer neste mundo...
Agora o que resta? Nada, só decepção.
Aqui nós vivemos em um mundo de ilusões, tudo o que existe, não existe realmente...
Cada coisa perdeu sua simplicidade... 
Portanto, fica tudo sem sentido.
Tudo que eu quero é o que eu odiava,
quero a ignorância e o esquecimento...
Agora, eu só quero esquecer, 
simplesmente porque eu não quero mais lembrar,
Eu só quero dormir, inerte, neste caos, inconsciente num sono profundo, caminhado para o eterno nada...

O Fruto Proibido

Um dia criou Deus o universo e viu que era bom e se agradou do que vez. Um dia fez Deus o ser humano, viu o que tinha feito e mandou gigantes para pisar em cima dessas criaturas prepotentes, vendo o que tinha feito mandou o dilúvio pra purificar a sua criação...
Muitas pessoas preferem desacreditar em Deus por acreditar que ele é mau. Se ele é Deus não importa o que ele faça como obra, isso não deveria ser considerado algo bom?  Bem, não é assim que pensam os teósofos satanistas, pois para eles o diabo é bom por ter nos apresentado a árvore do conhecimento do bem e do mal.
E é sobre o fruto contido nessa árvore que eu gostaria de falar. É uma discussão teológica que pode ser iniciada, porém devem ser considerados todos os pontos de vista, pois esta passagem pode ter significados diferentes para cada um:
''Ora, a serpente era mais astuta que todos animais do campo que o YHWH Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? 
E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
E ouviram a voz do YHWH Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do YHWH Deus, entre as árvores do jardim.
E chamou o YHWH Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me
E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
E disse o YHWH Deus á mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
Então o YHWH Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
E a Adão disse: Portanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.
No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.
E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes. E fez o YHWH Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.
Então disse o YHWH Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, O YHWH Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.
E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.''
Temos duas árvores símbolos nessa história, uma é de onde consumimos o fruto proibido, o conhecimento; e a outro é um mistério para os seres humanos, que é o fruto da árvore da vida.
Como eu mencionei em posts anteriores o universo é movido pelo fluxo de nossas escolhas. 
Um dia Deus nos deu duas opções para nós, e escolhemos desfrutar dos manjares dos deuses, agora temos que acarretar com as consequências de ter experimentado do fruto proibido. Agora somos como Deus e temos o conhecimento do bem e do mal, porém antes que viéssemos roubar da árvore da vida fomos expulsos do jardim do Éden.
Todavia, como eu já disse em posts anteriores, não devemos nos condenarmos por causa de nossos erros, embora eles devem ser evitados, alguns maus vem para o bem. Se Deus nos permitiu que fizéssemos essa escolha, é porque ele sabia que iriamos escolher saber tanto quanto ele, afinal Deus nos fez assim.
Desde o princípio fomos criados por Deus a sua semelhança, é natural que buscássemos saber tanto quanto ele, afinal a ganancia do ser humano é apenas um desequilíbrio da virtude que temos de não nos conformarmos com nada desse mundo, buscando portanto estar em contato com o espiritual e sobrenatural.
A ganancia do ser humano faz a vida acabar, mas ela pode ser uma qualidade quando em equilíbrio, precisamo do conhecimento, por isso o escolhemos, porém precisamos aprender a viver também.
Escolher o conhecimento não foi um erro, mas sim um sacrifício, todas escolhas requer sacrifício. E nós humanos sacrificamos a vida para termos o mesmo conhecimento que Deus. E Deus sacrificou seu filho para que tivéssemos a vida. Todas escolhas feitas, tanto pelos humanos quanto por Deus, foram tentativas para nos aproximarmos.
Deus é perfeito e suas obras também, ele nos fez do jeito que somos para que possamos aprender a viver, ou seja, ele sabia desde o princípio que iriamos escolher o fruto proibido, porque era pra ser assim.
A vida portanto não é algo que temos realmente contido em nós, mas sim adquirida, por escolhas, por sacrifícios. E infelizmente as religiões usam disso para ditar o que devemos sacrificar para adquirir a vida, e muitas pessoas acabam se aprisionando mentalmente nisso.
As pessoas devem buscar por si só alcançar a vida em Deus. Pois o conhecimento que escolhemos no Éden foi feito exatamente para aprendermos, por conta própria, a buscarmos a vida. Foi por isso que Deus nos expulsou, já que não escolhemos de imediato a vida, poderíamos usar do conhecimento que escolhemos para aprendermos como viver.

A Vida é feita de escolhas

O universo nos oferece uma lista imensa de escolhas para ser feitas durante toda nossa vida terrena, muitas vezes não sabemos o que fazer. Temos que escolher o que gostamos, o que queremos, o que devemos fazer, e essas nossas escolhas vem acompanhas de inúmeros fluxos, pois somos influenciados e passamos a influenciar a partir das escolhas. Talvez o universo seja feito de escolhas, talvez esses fluxos formem o universo ao nosso redor.
O universo é consciência, e precisamos estar ciente daquilo que escolhemos para acarretarmos com as nossas consequências. Por isso as vezes somos consumidos pelo medo, pois temos medo de dar um passo em falso, temos medo de cometermos erros e nos arrependermos.
Mas isso não é preciso, por mais que sejamos ensinados desde crianças que devemos acerta, ao longo dos anos aprendemos que o erro é inevitável. E aí, você vai fazer o que? Ficar se condenando pelo resto da vida por causa disso?
Não é preciso ter medo de escolher e nem devemos ficar nos culpando porque erramos. Claro que devemos fazer o possível para não errar, mas não devemos evitar o erro para não sentir culpa, e sim para não nos aprisionarmos em nós mesmos. Pois as nossas escolhas podem nos libertar ou aprisionar a coisas que não são agradáveis. O tema liberdade é algo mais complexo, pois nem sempre estar preso é consequência de uma escolha nossa.
O fato é que estamos sempre sacrificando algo quando escolhemos, pois a imensidão do universo nos oferece inúmeras opções, e infelizmente somos capazes de escolher apenas uma. O ser humano é também limitado as poucas coisas que ele conhece, o que tornam as escolhas ainda mais difíceis. 
Mas um dia alcançaremos a consciência da quantidade de opções existentes no universo para podermos escolher. É uma questão voltada a liberdade novamente, pois ter liberdade é o que qualquer um quer. Porém temos que aprender que não existe liberdade individual.
Temos que aprender que nossas escolhas não afetam apenas a nós mesmo, se todos tivéssemos consciência disso seria possível alcançar a harmonia social inexistente entre os seres humanos, pois é exatamente porque esquecemos de como escolher que há a desarmonia entre os humanos. Se passássemos a escolher não só por nós mesmos saberíamos como lidar com os colapsos existente entre as realidades.

A vida é feita de escolhas, aprenda a fazer as suas.
Visite: Rock-SOS

Vida

Ela está em toda parte, em nós e ao nosso redor, em cada ser animado, ou em cada ser inanimado. Enfim, em todo o universo, dentro e fora da denominada ''Biosfera''. Porém poucos seres conseguem captá-la realmente.
Nós nascemos nesse mundo condenados a morte, porém alguns acreditam que haja alternativa, que é possível viver mesmo depois da morte, pois a morte em si não é real, embora muitos a temem. 
Uns acreditam no céu, outros na reencarnação, alguns acreditam que todos seres são animados, até mesmo uma pedra tem vida. Outros acreditam simplesmente que devem vivê-la até as últimas consequências.
Enquanto a ciência conceitua que a vida é determinada por unidades biológicas básicas chamadas de células. Segundo esse conceito o vírus não é um ser vivo (além de um parasita irritante), seria um exemplo de zumbi para ciência? rsrsrs, especulações a parte, todos esses conceitos se tornam limitados, e determinar o que é a vida não é algo fácil, afinal muitos parecem vivos, mas não vivem realmente.
O que é realmente a vida? É uma questão a se pensar, mas se vivemos ou não é o que devemos questionar... 
A sociedade atual está mortificada em padrões, rotinas, burocracias, artificialismos e representacionismos inúteis. As pessoas são movidas pelo capital, aprisionadas pelo poder governamental, manipuladas pela mídia e dependem de tudo que é industrial.
As pessoas não vivem realmente, são zumbis, escravas do Estado, escravas do poder aquisitivo, alienadas de tudo o que fazem, não tem tempo para pensar, viver, respirar...
São iludidas, enganas e ludibriadas por decepções políticas, alienadas com ''soluções'' milagrosas, e aprisionadas pela própria mente que está vazia de ideias e cheia de ilusões.
Assim nos controlam e nos manipulam. Nós nos deixamos sermos presos pelo medo, por acreditarmos que somos dependentes, por acreditarmos que alguém irá trazer o progresso ou que irá nos salvar de nós mesmos. Sendo que as coisas não são bem assim. Precisamos aprender a fazer as coisas por nós mesmos, sem depender de nada e de ninguém.
Precisamos aprender que a nossa sociedade está condenada ao caos, porém assim também devemos aprender a criarmos as nossas próprias utopias, criando novas soluções para os problemas criados pela sociedade. A sociedade corrompeu o homem, e o homem deixou de alcançar seu potencial. Deixou de viver, para depender.
Viver requer muito mais do que apenas existir. Nós não vivemos, apenas sobrevivemos.
Alguns blogs que recomendo:
PensamentosA.C.: http://pensamentosavidanaofoijustacomagente.blogspot.com.br/2013/09/cemiterio-das-boas-intencoes.html e http://seucafecomgelo.tumblr.com/tagged/Autorias
Sinais Vitais: http://deadangeldaydark.blogspot.com.br/

Micro e Macro Cosmo

Vivemos em um universo tão grande que as vezes não sabemos por onde começar. Inicialmente quando nascemos somos reduzidos as poucas coisas que conhecemos e nos ensinam, presos aquilo que nos ensinam e nos mostram, usamos isso desde pequeno como base para sabermos no que acreditarmos.
Mas quando crescemos vemos que muitas coisas são diferentes de tudo aquilo que nos mostraram, nos ensinaram, ou mesmo diferente daquilo que aprendemos sozinhos usando nossa imaginação pra tentar aprender aquilo que não nos ensinaram.
Algumas pessoas, como eu, abusam um pouco da imaginação e cria um mundo de ilusões absolutamente irreal, simplesmente porque descobriu que tudo o que aprendeu desde criança era mentira ou simplesmente hipocrisia. Demorou muito para esse mundo de ilusões desmoronar pra mim, porém agora sei que nada tem a verdade em si mesmo.
A verdade é que nascemos criados segundo pontos de vistas que não são nossos, mas quando conseguimos criar nossa própria maneira de ver o mundo é que caímos numa ilusão maior. Porém quando entramos em impacto com outras realidades aprendemos que tudo o que criamos é mentira, e que não existe apenas a nossa realidade, e que a nossa maneira de ver não é a única certa.
Por isso há a importância do impacto entre realidades diferentes, dos momentos de crises e transformação. Por mais que eles sejam difíceis e pareçam ser tão ruins, eles são momentos decisivos em nossas vidas.
Um dia o meu mundo desmoronou, porém eu aprendi a criar novos mundos dentro de mim mesmo, aprendi a criar e recriar, e aprendi que estou sempre apreendendo, e aprendo todos os dias que existem cosias que jamais compreenderemos e que estamos sempre aprendendo.
''Nós fomos criados pelo universo e para o universo'' Não adianta tentar criar algo que seja eterno e permanente, porque isso já existe, e só pode ser alcançado através da dialética e da harmonia entre todas a realidades. É necessário muito colapso para que isso seja um dia realmente possível. Mas não custa nada sonhar num mundo que haja harmonia.
Enquanto isso não acontece, vamos aprendendo a viver, vamos aprendendo a compartilhar e trocar ideias, infelizmente sempre haverá conflitos, mas precisamos entender que os altos e baixos são necessários.
Isso está em todos os níveis do universo, desde as moléculas à partículas. Desde os sistemas planetários, galácticos aos possíveis inúmeros universos existentes. Todos entram em colapsos, todos estão em movimento e transformação.
Esse é o mundo em que vivemos, e ele não é limitado apenas em mim e você. Existe muito mais lá fora. Mas também existe muito mais aqui dentro. Olhe para dentro de você e veja o tamanho de sua imaginação. É você que consegue imaginar o universo que ti fez.
Somos capazes de coisas inacreditáveis, que não temos ideias, usamos apenas parte de nossa mente, mas podemos alcançar muitos mais.
O micro e o macro cosmo, estão ambos em equilíbrio e harmonia, fora e dentro de nós! Abra sua mente e conseguirás ver o tamanho do Deus que se encontra dentro de nós e no universo. Quando entramos em conflitos precisamos de algo para acreditar, é aonde entra a importância das religiões, elas vem para nos lembrar que todo conflito vem para o nosso bem, para nos transformarmos e melhorarmos.
Sabemos que até as religiões tem os seus conflitos, mas isso também é importante para compreendermos que elas também precisam mudar, e elas sempre mudam, cada um segue um rumo diferente. E assim também deveria ser para todos os seres humanos, cada um deveria ter o direito de escolher como pensar, pois a padronização por parte das religiões e de políticas existentes em nosso mundo tenta conter conflitos que jamais serão impedidos de acontecer.
É realmente importante que isso seja controlado, mas não adianta tentar sentar em cima de uma bomba relógio para tentar impedi-la de explodir, pois isso não rola. Se as pessoas não tem o direito de seguir o seu caminho, de aprender a caminhar com as próprias pernas, e forem sempre carregadas por governos e religiões que querem impor o que elas devem acreditar sempre teremos conflitos drásticos tais como catástrofes sociais, guerras civis, terrorismo e gerras mundiais. A humanidade precisa aprender a enfrentar seus próprios conflitos para que possamos finalmente aprender a vivermos em harmonia.
The Universe and Braincell

Impacto entre realidades

De realidades são feitas as pessoas, as pessoas fazem a realidade e ela(s) fazem as pessoas, é uma contínua troca, e sempre houve essa contínua e eterna troca entre o ser humano e o universo.
O mundo a nossa volta foi feito por nós assim como ele nos fez. Ele nos transforma, assim como transformamos o mundo em que vivemos. É um fluxo constante e eterno, por mais que haja interrupções ele nunca acaba...
O que são essas interrupções se não o impacto entre as realidades, entre as diferentes 'verdades', entre as diferentes formas de pensar... O que são essas interrupções se não o encontro entre os nossos egos? Entre o eu e o você...
Sim, esses impactos entre diferentes personalidades na sociedade são essas interrupções que existem no universo e que nos fazem visualizar apocalipses e distopias diversificadas. Porém não devemos considerar isso uma coisa ruim. Momentos de crises são necessários para que tenhamos mudanças e transformações em nosso mundo.
Não estou dizendo que as nossas diferenças causam os problemas sociais existentes, até porque a tentativa de padronizar as pessoas também é falha e não é uma coisa boa, podemos ver ao longo da história o que o socialismo tentou fazer, e podemos ver atualmente no que o capitalismo está se tornando...Mas não é padronizando as coisas que vamos conseguir nos libertar dessas crises e impactos, que aliás, são absolutamente naturais, essas crises são momentos de transformação, e devemos saber como lidar com isso, e só existe uma maneira de saber superar qualquer momento de crise, é aprender a se acostumar com as diferenças, se adaptar.
Todos nós somos frutos de impactos histórico-culturais, ou seja, o encontro entre culturas diferentes, um impacto entre realidades, tal como o encontro entre culturas ocidentais com orientais na antiguidade, o encontro entre o ''novo'' e ''velho'' no renascimento, dilema que se prolonga até a idade contemporânea oscilando sempre entre os conceitos de tradicional e moderno.
Quando conhecemos novas pessoas há o impacto entre dois mundos completamente diferentes, por mais que existam culturas padronizantes, ainda assim as pessoas permanecem com personalidades que as diferem das demais e que sempre causarão impactos, que são necessários para o fluxo do universo continuar em constante progressão. É como na teoria hegeliana, a tese sempre terá uma antítese que gerará a síntese.
O universo sempre estará se criando e recriando, se fazendo e desfazendo, pois esse é o objetivo de se criar uma síntese; trazer de volta o novo, que um dia se tornará velho e será desfeito para que haja o novo novamente...E assim se segue o fluxo natural de todas as coisas.

''O universo é grande e fomos criados exclusivamente por ele e para ele''

Existe um mundo ao seu redor

O universo é grande e fomos criados exclusivamente por ele e para ele, embora o blog chama-se ''O mundo das coisas inteligíveis'' existem muitas coisas no universo que não são cognoscíveis ao cérebro humano... Por outro lado temos a Ignoses do nosso lado, para nos ajudar a entender que nem tudo podemos compreender :)
O objetivo do blog é filosófico e literário, observar e descrever o mundo ao nosso redor é uma arte, porém o universo não é feito apenas de coisas externas, visíveis e materiais, há também a parte interna do universo que é invisível e metafísica, muitas vezes captada pelos nossos sentimentos de forma artística enquanto não alcançável na forma científica.
Então é preciosa também as ciências da emoção, da poesia, das artes plásticas e da música. Assim como todas as filosofias e artes em religião, política e demais formas de expressões sócio-humanas e culturais, que buscam retratar as impressões do universo em nós mesmos.
A literatura é o maior meio de intercâmbio entre essas ciências artísticas que buscam retratar o mundo ao nosso redor, não só em visão física, mas também em visão metafísica, mental e/ou espiritual. São as expressões culturais, principalmente por meio da literatura, que transmitem essas impressões do universo em nós, em forma de arte, que vão estudar uma parte da realidade não estudada pelas outras ciências.
Juntos vamos não apenas captarmos essa impressão do mundo, como também captaremos as coisas existentes para além dele.
Coisas tais como a nossa imaginação cria, são coisas existentes para além desse mundo e que merecem nossa atenção como forma de expressão e recriação do mundo ao nosso redor.

Ignosticismo

Ignosticismo pressupõe que a realidade é incognoscível a mente humana. Havendo portanto a desnecessidade de uma busca exacerbada por conhecimento, pois o ser humano é ignorante por natureza.
A Ignorância humana nunca se dissipa por completo e absoluto, pois a realidade do universo vai além da compreensão humana. A dúvida e a incerteza são sentimentos intrínseco a esse fato. A razão humana nunca nos aproximou realmente da Verdade.
O fato é que a razão humana é tautológica, o que torna toda afirmação em uma presunção. Tornando-se realidade apenas a própria dúvida e a incerteza, pois não existe uma concepção absolutamente clara do que seja a realidade. A ignorância humana busca se sustentar naquilo que lhe parece mais obviou, procurando a verdade que mais lhe agrada, porém todos aqueles que buscam uma certeza estão condenados ao erro, e é típico do ser humano usar de seus conhecimentos limitados para criarem verdades inexistentes. Pois aquele que busca investigar a realidade, e se estagna em uma certeza, não compreende a extensão do universo a sua volta. Mas aqueles que reconhece a extensão de sua própria ignorância são abençoados com o verdadeiro conhecimento.
O conceito de Ignoses vem em oposição ao conceito de gnose muito usado por sofistas que se denominavam gnósticos. Como mencionado anteriormente, em outras palavras, a ignorância é uma benção e, ao contrário do que pensamos, a certeza de algum conhecimento pode nos levar a condenação.
A relação entre conhecimento e ignorância pode ser comparada a uma bolha - o conhecimento dentro do meio ambiente - a ignorância. Quando a bolha é pequena, ou seja, quando é pouco o conhecimento, a superfície que a separa do meio ambiente é pequena, a ignorância também é pequena. Quando a bolha cresce, ou seja, há aumento do conhecimento, torna sua superfície maior e consequentemente mais ignorância o circunda. Esta ideia representa bem o que se sente quando se aprofunda o estudo numa matéria e cada vez mais se conscientiza que há muito mais a aprender sobre ela.
Ou seja, a Ignose é o verdadeiro conhecimento, pois ela nunca se estagna em uma certeza, não me refiro a um mero ceticismo, como o próprio nome sugere, é algo semelhante ao Agnosticismo, porém é uma posição mais neutra, embora dificilmente encontremos pessoas absolutamente neutras em suas opiniões.
Ignose é mais do que um posicionamento ou um método filosófico, ela acaba por se tornar em uma forma de indiferença e apatia a dor, ignorando as coisas inúteis desse mundo.

Desvairismo

A Paulicéia Desvairada e o Primeiro Desvairismo
O Primeiro Desvairismo
O desvairismo antropofágico de Mario de Andrade é sarcástico e irônico, mas não mosaico-discordiano como esse "neo-desvairismo" que será idealizado aqui como uma nova forma de expressão, e sua obra Paulicéia Desvairada trazia o seu "desvairismo" cheio de modernismos. Ele não criou uma corrente de pensamento específica, ou uma escola literária nova, nem um movimento de vanguarda novo, embora o mesmo era inspirado em vanguardas européias. O que ele trás de novidade é apenas uma ideia (inspirada na vanguarda dadaísta que ele tira essa ideia) mas Paulicéia Desvairada não fala só de desvairismo e nonsense, fala também dos demais exageros modernos, dando inicio a primeira fase do Modernismo. *Declaro agora que está fundado um novo Desvairismo, o Desvairismo crítico.
Paulicéia Desvairada
Paulicéia Desvairada, de Mário de Andrade, Publicado em 1922. Paulicéia Desvairada, cujo Prefácio Interessantíssimo lança as bases estéticas do Modernismo. Inspirada na análise da cidade de São Paulo e seu provincianismo, a obra marca o rompimento definitivo do autor com todas as estruturas do passado. É do primeiro livro de poemas modernista, cuja "confecção tumultuária" Mário de Andrade descreveria muitos anos depois na famosa conferência de 1942 sobre o movimento que transformaria o panorama das artes no Brasil. Mário de Andrade definiu o livro como “áspero de insulto, gargalhante de ironia”, com “versos de sofrimento e de revolta”.
O Prefácio Interessantíssimo vale como verdadeiro manifesto-programa do Modernismo brasileiro, uma plataforma teórica, que será retomada e aprofundada pelo próprio Mário de Andrade em A escrava que Não é Isaura (1924). É onde expõe suas idéias a respeito de poesia e declara ter fundado o desvairismo.
Nessa poética aberta, há afinidades com a teoria da escrita automática, que os surrealistas pregavam como forma de liberar as zonas noturnas do psiquismo, o ditado do inconsciente. Ao lado dessa entrega lírica às matizes pré-conscientes da linguagem, o Prefácio mostra a admiração da experiência cubista, que, por meio da deformação abstrata, rompe os moldes pseudo­clássicos da arte acadêmica. O “Prefácio” não fica nestas generalidades, há uma descrição dos processos de estilo que conferem à obra a medida de sua modernidade — a teoria da palavra em liberdade, os princípios de colagem (ou montagem) que caracterizavam a pintura de vanguarda na época, a elisão, a parataxe e as rupturas sintáticas como meios correntes na poesia moderna para exprimir o novo ambiente, objetivo e subjetivo, em que vive o homem da grande cidade, a poesia-telegrama, a visão global de uma cidade e sua vida, ironia, versos livres, arcaísmos, coloquialismos, aliterações, rimas complicadas, trechos em língua estrangeira, eruditismo etc.
São visíveis algumas aproximações com vanguardas européias (Dadaísmo, Cubismo, Surrealismo, Futurismo e Expressionismo).
Em termos de construção, de recursos técnicos. Mário de Andrade aproxima a poesia à música, como os simbolistas, adotando da teoria musical as noções de melodia e harmonia. Antecipa as experiências lingüísticas, criando novos termos, recombinando radicais, prefixos, desinências como em "bocejal", "luscofuscolares", "sonambulando".
A obra não tem um roteiro, um enredo. É um livro de poesias. A temática, a musa das poesias, é a cidade de São Paulo, e tudo o que é inerente a cidade.
A linguagem é simples, algo irreverente e coloquial, tendo até mesmo erros propositais de ortografia e gramática. Ela é uma das partes mais importantes da obra, e configura um protesto por si só ao desafiar as correntes então dominantes. Revolucionou a linguagem poética brasileira, pregando o verso livre.
Na obra todos os procedimentos poéticos e arrojados eram expostos e reunidos pela primeira vez, em uma poesia urbana, sintética, fragmentária e anti - romântica, que retratava uma São Paulo concreta, cosmopolita e egoísta com a população heterogênea e a burguesia cínica.
Paulicéia desvairada pode ser lida como um inventário das vivências, percepções e sensações desencadeadas pela modernização de São Paulo, com a qual Mário de Andrade terá uma relação ambígua ao longo de sua obra. A cidade ora é tumba de homens massacrados pelas "monções da ambição", de bandeirantes ou de capitalistas, ora é palco de multicoloridos festejos.
 

Neodesvairismo ou Desvairismo crítico

O Desvairismo crítico
Desvairismo crítico ou Neodesvairismo é uma forma espontânea, sarcástica e irônica de se expressar uma ideia (o que vocês vão ver muito nesse blog), mas a diferença estético-filosófica dessa forma de expressão está na ideia de desconstrução completa e absoluta de todas as ideias em nada, para assim reconstruí-las novamente com novas e renovadas ideias mosaicas, ou seja, remontadas, recriadas e recicladas. Além de ter uma base filosófico-ideológico muito mais profunda e muito mais ampla, especulando sobre as mais diversas áreas do conhecimento, e principalmente sobre a mais diversas faces do ser humano.
A estética desvairista é completamente nonsense, anárquico-discordiana, gótico-niilista, sacástico-surrealista e psico-subejetivista (sempre lembrando Dadaísmo, Surrealismo, Cubismo e Futurismo, mas contornados de Anarquismo e Discordianismo). Todo o sincretismo é bem vindo, por causa do lado Mosaico do neodesvairismo, mas não se iluda, tudo será destruído novamente...
Questionamentos sobre a realidade ontológico-cosmológica das coisas, os princípios básico considerados inexistentes assim como os princípios finais, momentâneos e presente, como toda a realidade...Negando tudo e toda a realidade e o mundo voltando-se finalmente pro eu lírico-sarcástico e hipócrita, o desvarista entra em sua fase de Solipsismo até finalmente chegar no niilismo que é a máxima de todo esse desconstrutismo mosaico...
E tudo recomeça, tudo é recriado com os pedaços desconstruídos da realidade e da mente para se reconstruir um novo mundo, uma nova realidade inexistente, permanecendo no mesmo nada de sempre, mas de uma nova maneira, com novas armas e novos objetos prontos para redesconstruí-las sucessivamente...

Neodesvairismo filosófico: Mosaico-Destrutivismo

Destruição e Re-Desconstrução
Tudo existe simplesmente para ser destruído e reconstruído, e novamente destruído...Re-destruído! Pois tudo o que existe não-existe, tudo o que está diante de seus olhos não existe...
A raiva é um sentimento descontrutista profundo, capaz de destruir uma pessoa por fora e por dentro, essa destruição quando completa é niiliticamente emotivada a reconstrução e redescontrução eterna...Sempre irá vim o sentimento de arrependimento, culpa e desejo de reconstruir. Para quê? Para destruir novamente? É exatamente isso que os humanos fazem, pois são desvairados e a hipocrisia é sua sombra. É esse o pensamento "mosaico-cubista" do desconstutismo que predomina sem nem mesmo idealizarmos ele, pois é isso que somos e é isso que realmente é a realidade: NADA.
 

Neodesvairismo psicológico: Desvairismo e Lunatismo

Lunatismo
O Lunatismo, a loucura e o desvairismo é o lado humano que todos buscam ocultar, enquanto são hipócritas tentando serem o que realmente não são, sacrificam sua real imagem, sua real identidade, para serem o que o Sistema impõe, e ocultam a sua identidade corrupta em nova de uma ordem inexistente assim como o ego de cada uma...
O Desvairismo idealiza o psiquismo automático-surrealista como forma de meta-realidade de recriação de redestruição do mundo material e psico-intelectual, pois existe um mundo inexistente de onde surgem todas as coisas e em psicologia temos a consciente não-ciente de que é a INCONSCIÊNCIA a dona e deusa dessa realidade inconsistente.
Kuringa
A hipocrisia humana mata lentamente...O desvairismo ti liberta e ti permite destruir tudo para reconstruir e recriar para redestruir novamente...Desconstrução da realidade não é tão profunda quanto a Re-destruição, mas é o suficiente para moldar uma sociedade criativa e re-criativa, construtiva e re-construtiva, destrutiva e re-destrutiva.
A Desconstrução é mais fácil e mais aceitável as pessoas, pois desmontar a realidade para poder a reconstruí-la segundo os seus interesses é o que chama a atenção de todos, mas o individualismo solipsista e criativista não é o suficiente para desconstruir toda a realidade, mas apenas uma parte, pois todos, coletivamente, deve desmontar-se e desconstruir-se de dentro pra fora, do "eu" ao "nosso" mundo reconstruído para ser desconstruído até a perfeição...
A loucura, assim como a raiva são desconstrutivistas e destroem a realidade para o nascimento de uma nova e melhor realidade;
Pois presos na engrenagem de um Sistema burocrático não dá para viver, ao longo dos séculos veremos que nossos líderes foram consumidos pelo poder de tal maneira ao ponto de nos escravizar em um sistema inútil e desnecessário, nos fazendo esquecermos do poder re-desconstrutivista que temos sobre a realidade, de destruir e re-criar, construir e re-destruir sucessivamente...
Para Vencermos o Sistema burocrático-pedante-capitalista que é absolutamente elitista e estadista devemos destruir-lo diretamente de forma anarquista, assim como os ludista no séc.XIX boicotavam fábricas devemos boicotar sucessivamente o Estado até derrubá-lo.

Neodesvairismo filosófico-teológico: Niilismo e Nonsensismo

Concepção nietzscheana de niilismo

Niilismo passivo - Segundo Nietzsche, o niilismo passivo, ou niilismo incompleto, podia ser considerado uma evolução do indivíduo, mas jamais uma transvaloração ou mudança nos valores. Através do anarquismo ou socialismo compreende-se um avanço; porém, os valores demolidos darão lugar para novos valores. É a negação do desperdício da força vital na esperança vã de uma recompensa ou de um sentido para a vida; opondo-se frontalmente a autores socráticos e, obviamente, à moral cristã, nega que a vida deva ser regida por qualquer tipo de padrão moral tendo em vista um mundo superior, pois isso faz com que o homem minta a si próprio, falsifique-se, enquanto vive a vida fixado numa mentira. Assim no niilismo não se promove a criação de qualquer tipo de valores, já que ela é considerada uma atitude negativa.
Niilismo activo - ou niilismo-completo, é onde Nietzsche se coloca, considerando-se o primeiro niilista de facto, intitulando-se o niilista-clássico, prevendo o desenvolvimento e discussão de seu legado. Este segundo sentido segue o mesmo rumo, mas propõe uma atitude mais activa: renegando os valores metafísicos, redirecciona a sua força vital para a destruição da moral. No entanto, após essa destruição, tudo cai no vazio: a vida é desprovida de qualquer sentido, reina o Absurdo (Nonsense) e o niilista não pode ver alternativa senão esperar pela morte (ou provocá-la). No entanto, esse final não é, para Nietzsche, o fim último do niilismo: no momento em que o homem nega os valores de Deus, deve aprender a ver-se como criador de valores e no momento em que entende que não há nada de eterno após a vida, deve aprender a ver a vida como um eterno retorno, sem o qual o niilismo seria sempre um ciclo incompleto.
Niilismo
O niilismo é um pensamento pessimista indeterminista sobre a inexistência da realidade, pois tudo o que existe é o Nada. Questionamentos sobre a realidade ontológico-cosmológica das coisas dos princípios básico, primordiais e iniciais considerados inexistentes assim como os princípios finais, momentâneos e contemporâneos, ao seu Todo, Não-existem...
O niilismo nietzschiano é ateísta, mas o pensamento discordiano vê o Caos e a Discórdia como uma deusa, a Eris. Então para o niilismo desvairista o Nada é o deus de tudo, pois nada existe além de todas as coisas.
O niilismo é um existencialismo inexistente, é a morte de todas as coisas internas até chegar no fim das coisas externas para reconstrução e redestruição de tudo novamente...O ETERNO RETORNO.
Niilismo é a fase última do Desvairismo, depois do Solopsismo criar toda a sua realidade interna ele destrói tudo para poder finalmente reconstruir e o Ciclo Discordiano se repetir...