segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Conspiração na História

Estados Unidos o País Maçônico

Não se trata de ficção nem esoterismo barato, como comumente se encontra em obras do gênero. A Cidade Secreta da Maçonaria existe mesmo. E não é nem um pouquinho secreta. Ao contrário, é uma das cidades mais importantes do mundo e abriga a capital do país mais poderoso do planeta. A independência e a construção dos primeiros pilares da nação mais poderosa do mundo atual, os EUA, está diretamente ligada a Maçonaria.

A maçonaria fundamentada nos ideais iluministas: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” foi a base para o movimento de independência dos EUA. George Washington, primeiro presidente dos EUA, era um maçom. Os ensinamentos passados pelas lojas maçônicas contribuíram de suma importância para a construção do caráter do homem como cidadão em uma nação com uma política interna distinta das demais daquela época. 

Com toda a controvérsia que cercava a maçonaria na Europa, não é de se admirar que seus membros também tenham saído em busca de paradeiros mais amigáveis. No século 18, os maçons chegaram à América e estabeleceram lojas em Boston e Filadélfia (embora continuassem sob o controle do Grande Mestre provincial da Inglaterra). Em 1731, Benjamin Franklin aderiu à loja de Filadélfia, e se tornou seu mestre três anos mais tarde. George Washington foi iniciado como maçom em 1752. 

Enquanto o país ainda começava a se preparar para escapar ao domínio britânico, consta que os maçons estavam entre os principais instigadores da revolta. Existe uma história de que havia maçons entre as dezenas de homens que, disfarçados de indígenas, abordaram três navios britânicos no porto de Boston, em 16 de dezembro de 1773, e lançaram centenas de caixotes de chá ao mar, o evento que deflagrou a revolução dos Estados Unidos. A presença de maçons na chamada "festa do chá em Boston" é discutível, mas não existem dúvidas de que havia integrantes do movimento entre os signatários da declaração da independência e da constituição dos Estados Unidos. 

Ilustração que retrata a revolta do chá em Boston em 1846

A maioria dos líderes revolucionários eram maçons. George Washington, Benjamim Franklin, os irmãos Wesley, Thomas Paine, entre outros. E as Lojas maçônicas eram os locais onde a propaganda iluminista era a doutrina da moda. Liberdade, Igualdade, Fraternidade, como apregoavam os revolucionários franceses, era a divisa desse novo mundo que emergia das cinzas do "anciem regime" e do começo do desmoronamento dos grandes impérios coloniais. Uma nova forma de governo, uma nova forma de viver, novas crenças, um novo mundo, enfim. Essa era a nova ordem do século que os maçons americanos queriam e pensavam poder implantar na jovem pátria que então fundavam. Dai, nada estranho que eles tivessem fundamentado as atitudes de suas vidas práticas nos postulados da doutrina maçônica e tenham refletido essa ideias em suas realizações. 

É evidente a influência maçônica na Revolução Francesa e na independência de diversos países, inclusive Estados Unidos e Brasil. Os maçons também foram grandes incentivadores e participantes de movimentos abolicionistas. Nos Estados Unidos, montaram uma rede de fuga de escravos negros para o Canadá. Sem dúvida, há maçons importantes na história dos EUA.

Como se trata de uma sociedade em princípio secreta, há muita celeuma sobre quem pertenceu ou não à fraternidade. Estima-se que dos 56 signatários da Declaração da Independência dos Estados Unidos, no mínimo 8 eram maçons notórios, mas há quem afirme que esse número pode chegar a 24. Sobre a Constituição, especula-se que haveria 13 maçons entre os 39 signatários. 

Dentre os que comprovadamente pertenceram à ordem maçônica destacam-se Benjamin Franklin e George Washington. Benjamin Franklin (1706-1790) foi um dos primeiros a propor a unificação das colônias, criando uma nação, e um dos fundadores dos Estados Unidos da América. Atuando como diplomata durante a Revolução Americana, ele garantiu a aliança com a França, fato fundamental para a viabilidade da independência. Foi o único dos fundadores que assinou quatro dos mais importantes documentos dos Estados Unidos: o Tratado de Paris, o Tratado de Aliança com a França, a Constituição e a Declaração da Independência, elaborada juntamente com Thomas Jefferson.
Franklin publicou em 1730 o primeiro artigo sobre a Maçonaria na América. Quando era embaixador na França, exerceu de 1779 a 1781 o posto de Grão Mestre da loja “Les Neuf Soeurs”, em Paris, a mesma a que pertenceu Voltaire. Em 1787, de volta aos EUA, foi convidado pelo Congresso a participar do comitê de criação do Great Seal, emblema deveria refletir valores e ideais “americanos” para as gerações futuras. 

Depois, é preciso não esquecer que foram os americanos que inventaram o self-made-man, o homem que se faz por si mesmo; e foram eles também os principais criadores da filosofia da auto-ajuda, que tem como um dos pioneiros o grande Ralph Valdo Emerson. É essa filosofia que transparece na divisa Annuit Coeptis, que quer dizer textualmente "Deus aprova (abençoa) nossos objetivos." Dai, tanto a nova ordem do seculo, quanto a assertiva de que Deus aprova o que fazemos, são claramente, frases de efeito que funcionam como âncoras do estado de espírito positivo que se pretendeu transmitir ao povo americano,após a sua independência. 

Mas, após a independência a maçonaria passou a atingir um caráter diferente do que pregava, ou seja, dos seus “princípios”, os maçons comandavam as relações políticas, militares e econômicas dos EUA, deste modo, não havia mais igualdade e sim desigualdade. Neste mesmo contexto, passaram a serem acusados de bruxaria e heresia devido aos seus misteriosos rituais.

Como podemos observar através da linha do tempo, a grande porcentagem dos presidentes americanos eram ou são maçons. Então, e se a democracia mais importante do mundo realmente responde a interesses de pequenos grupos de pessoas cujos verdadeiro objetivos são mantidos em segredo de seus próprios cidadãos? Qual é a verdadeira ideologia do país mais poderoso do mundo? A maçonaria é ou foi um estado dentro de um estado? Um governo na sombra? Eles colocaram o mundo sob controle dominado a nação mais poderosa? 

A capital dos EUA, Washington, é talvez a cidade com mais símbolos maçônicos no mundo. O desenho de seus prédios, estátuas e monumentos é fiel aos princípios maçônicos sob os quais a cidade foi fundada.Pode-se observar isto na cédula do dollar, a moeda que rege o mundo, onde o desenho do Grande Selo do EUA está repleto de símbolos maçônicos, mas alguns ousam dizer que são símbolos illuminati. Outros notáveis exemplos dessa simbologia, encontramos na Estátua da Liberdade e nas construções de Washington.Assim ao decorrer do tempo milhares de imigrantes, turistas do mundo inteiro e os próprios nativos saudaram a admiraram sem saber um símbolo maçônico de iluminação. 

De acordo com essa formulação, na disposição das ruas e prédios da cidade seria possível identificar o desenho de símbolos utilizados da sociedade secreta, como o esquadro, o compasso e o pentagrama. A teoria se baseia no fato de o primeiro presidente americano, George Washington, ter sido maçom e ter contratado para projetar a cidade um arquiteto e engenheiro francês chamado Pierre L’Enfant, que supostamente também seria membro da organização. Para os defensores dessa tese, os presumíveis símbolos impressos no traçado da cidade seriam uma prova da influência secreta exercida pela maçonaria sobre o governo dos EUA desde a fundação do país, no século XVII. 

Casa do Templo

A sede do Rito da Maçonaria é a única construção comprovadamente ligada à fraternidade que faz parte do roteiro da Washington maçônica. Adeptos da teoria conspiratória observam que o templo se situa sobre a Casa Branca no mapa da cidade, em uma linha reta. Esse seria mais um indício da ascendência da maçonaria sobre o governo americano. 

Casa Branca

A residência do presidente dos EUA é o ponto onde dois símbolos maçônicos se encontram em Washington. A Casa Branca seria, ao mesmo tempo, a ponta de uma das pernas do compasso que parte do Capitólio e a ponta de um pentagrama invertido formado pelo traço das ruas ao norte do prédio Esse pentagrama seria uma prova da influência não só da maçonaria mas também do ocultismo no planejamento da cidade. 

Monumento a Washington

O grando obelisco que domina paisagem de Washington não faria parte do traçado maçônico da cidade, mas seria, ele mesmo, um símbolo instalado pela sociedade secreta no coração dos Estados Unidos. A fraternidade atribui alta carga simbólica ao obelisco, e a pedra fundamental do monumento foi colocada por um grupo de maçons na primavera de 1848. 

Memorial a Jefferson

O monumento em homenagem ao terceiro presidente americano Thomas Jefferson, foi construído entre 1939 e 1942. Segundo a teoria da Washington maçônica, ele seria a ponta da outra perna do compasso, que começaria no Capitólio. De acordo com essa ideia, tal perna seria interceptada por um dos segmentos do esquadro formado pelo prolongamento imaginário das avenidas Washington e Louisiana. 

Capitólio – Wasshington. EUA

O Congresso dos Estados Unidos seria o coração da Washington maçônica, por sua localização e história. Em 18 de setembro de 1793, o próprio George Washington, vestido com os trajes de “pedreiro livre”, assentou a pedra fundamental do edifício. Segundo a teoria conspiratória, o prédio corresponderia à cabeça de um compasso cujas pernas se estenderiam até a Casa Branca e o Memorial de Jefferson. 

Veja o Formato da Capital Americana Washington:


Deste modo, Washington desde o seu projeto de fundação, é uma evocação simbólica aos princípios maçônicos. Afinal, até onde a maçonaria pode ocultar suas mensagens diante dos olhos de todos? Quantos símbolos americanos representam algo diferente de que os cidadãos acreditam?
História secreta do Brasil
A verdade sobre a história do Brasil

[Imagem: grito_ipirang.jpg]
ESTE É UM  DOS GRANDES BESTSALLERS QUE ESTE ILUSTRE E IGNORADO BRASILEIRO ESCREVEU QUE TAMBEM CULMINOU COM SUA MORTE OCULTA ATE OS DIAS DE HOJE 

HISTORIA SECRETA DO BRASIL POR GUSTAVO BARROSO

A Independência foi proclamada pela Maçonaria na sessão de 20 de agosto, em assembléia geral do povo maçônico

A Maçonaria entrou em cena na inconfidência mineira." (1)

Atualmente, "ninguém ignora que a Independência nacional foi concertada e proclamada entre as quatro paredes dos templos maçônicos." (2)

O enaltecido e libertador Grito do Ipiranga ocorrido em 7 de setembro de 1822, na verdade, "era a declaração pública do que já estava resolvido nos subterrâneos. Rio Branco, anotando Varnhagem, diz que a Independência já fora proclamada pela Maçonaria na sessão de 20 de agosto, 'em assembléia geral do povo maçônico', reunidas na sede do Apostolado as três lojas metropolitanas, sob a presidência de Gonçalves Ledo". (3)
Com a independência, inicia-se a vassalagem do povo brasileiro aos banqueiros internacionais


Com o brado do maçom e rosa-cruz D. Pedro I, "indenpendência ou morte", o povo brasileiro passa à servidão dos banqueiros internacionais.

A questionável casa bancária judaica Rothschild, por exemplo, que já havia financiado a Independência do Brasil em 1824, também financia todos os títulos brasileiros de 1824 a 1930, além da construção da Ponte Rio-Niterói. Em 1976 abre escritório de representação no país. Em 1989 cria uma subsidiária operacional em conjunto com um parceiro local. Uma subsidiária integral do Grupo é criada em 1997.

Atualmente, Rothschild Brasil tornou-se líder em privatização e estabeleceu uma forte reputação como assessor privado de fusões e aquisições, conforme lê-se no histórico do site oficial dessa instituição (cf. http://www.rothschild.com.br/hist.htm).
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A questionável casa bancária judaica Rothschild, por exemplo, que já havia financiado a Independência do Brasil em 1824, firmou-se como líder em privatização com forte reputação como assessora privada de fusões e aquisições

Uma pálida idéia da dimensão de influência dessa família no meio político mundial, bem como das inconcebíveis rodadas de negócios em nosso país podem ser vistas no artigo O Lorde do Brasil, publicado na IstoÉ Dinheiro, edição de março 2004 (cf.http://www.terra.com.br/istoedinheiro/35...sil2.htm).

Algumas ligações do Brasil com os Illuminati da Bavária (como vimos, a facção mais radical de todas) também são descritas por Gustavo Barroso em sua obra A História Secreta do Brasil. (4)

O cidadão comum está longe de imaginar as conexões internacionais existentes entre as altas hierarquias das sociedades secretas e muito menos o grau de influência que elas exercem sobre os centros de poder de todos os países.
Os primeiros contatos entre Fernando Henrique e a Maçonaria ocorreram sigilosamente, como de praxe,em 1967, quando ele ensinava na universidade francesa de Nanterre

Mais recentemente, as ligações maçônicas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso mostram um pouco dessa truculenta influência no poder político e podem ser verificadas em um artigo da Folha de São Paulo de 06/11/1986, às vésperas de sua eleição. Um trecho do artigo diz o seguinte:

"O senador peemedebista Fernando Henrique Cardoso (SP), 55, candidato à reeleição no próximo dia 15, está a um passo de seu ingresso na Maçonaria. Os contatos entre ele e os representantes do rito dos"livre-pensadores" no Grande Oriente do Brasil, seção paulista, são freqüentes. Falta apenas definir quando e onde será "iniciado"nos rituais maçônicos, e se poderá atender à exigência de assiduidade às reuniões do culto ao "Grande Arquiteto do Universo", como Deus é conhecido nessa instituição. Os primeiros contatos entre Fernando Henrique e a Maçonaria ocorreram sigilosamente, como de praxe, em 1967, quando ele ensinava na universidade francesa de Nanterre. Entre os dirigentes maçônicos que o convidaram para ingressar na ordem estava Jacques Mitterrand, então grão-mestre do Grande Oriente e primo do presidente socialista François Mitterrand.
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O ex-presidente Fernando Henrique, ao voltar em definitivo ao Brasil, em 1978, continuou mantendo contato com maçons do Grande Oriente do Brasil, pertencentes às lojas que praticam o rito maçom chamado "francês", "moderno","racional" ou dos"livre-pensadores", quenão admite a exigência da crença em Deus como pressuposto para a iniciação maçônica

Ao voltar em definitivo ao Brasil, em 1978, Cardoso continuou mantendo contato com maçons do Grande Oriente do Brasil, pertencentes às lojas que praticam o rito maçom chamado "francês", "moderno", "racional"ou dos "livre-pensadores", que não admite a exigência da crença em Deus como pressuposto para a iniciação maçônica. Considerado o mais liberal dos ritos maçons, o rito "racional" entende, segundo seus princípios, que a crença em Deus é um assunto do foro íntimo de cada pessoa. Em sucessivas correspondências para o Grande Oriente do Brasil, secção paulista, o grão-mestre francês Jacques Miterrand faz referências à possibilidade de ingresso, na ordem, do sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Dirigentes maçônicos paulistas e cariocas entrevistados ontem pela Folha afirmaram que, "em véspera de eleições, o senador não poderia confirmar os contatos" com a instituição, "para não provocar problemas colaterais em sua campanha". Segundo esses dirigentes, porém, o senador vem mantendo contatos regulares com intelectuais e políticos integrantes da Maçonaria, entre eles o ministro do Trabalho, Almir Pazzianotto." (5)
Influência determinante no destino de pessoas-chave, em todos os centros de poder do mundo

O presente artigo conclui, no mínimo, dois pontos que devem ser levados à reflexão:
1-) confirma que as doutrinas maçônicas não são coerentes ou coesas, desde que a crença no Ser Supremo não corresponde ao seu principal anseio, poistanto faz crer nEle ou não. O que significa que há outros objetivos e interesses além da propalada "iluminação" pelo "supremo arquiteto do universo";
2-) historicamente e com razão a Maçonaria sempre combateu a presença da Igreja no Estado, mas às ocultas, em suas articulações nebulosas, o poder e a influência de seus tentáculos interferem determinantemente no destino de pessoas-chave, em todos os centros de poder do mundo.
FHC, CIA, Fundação Ford, Rockfeller, Carnegie: milhões de dólares para a subversão cultural do país

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FHC e David Rockefeller

Mas voltemos ao nosso ex-presidente FHC.

Uma vez "recrutado" e "enleado" com o poder secreto, podemos ter alguma noção das consequências disso lendo o minucioso trabalho da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders, editado no Brasil pela Record, tradução de Vera Ribeiro com o títuloQuem Pagou a Conta? Nesse trabalho de vulto, perplexos, deparamos com a CIA financiando milhões de dólares para dar prosseguimento à sua agenda de dominação cultural e ideológica do Brasil, fortuna generosamente entregue pela Fundação Ford a Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do país no período de 1994 a 2002.

São 550 páginas documentadas, minuciosa e magistralmente escritas: "Consistente e fascinante" (The Washington Post). "Um livro que é uma martelada, e que estabelece em definitivo a verdade sobre as atividades da CIA" (Spectator). "Uma história crucial sobre as energias comprometedoras e sobre a manipulação de toda uma era muito recente" (The Times).

Ocultamente munido pelos milhões de dólares americanos, Fernando Henrique logo se firmou como "personalidade internacional", disputado "conferencista" em universidades norte-americanas e européias. Emerge como "um homem da Fundação Ford", sabidamente reconhecida como um dos braços da CIA, o serviço secreto dos EUA.
A conquista e a subversão da intelectualidade ocidental

Sobre essa estratégia de dominação e suversão, diz o livro:

"A Fundação Farfield era uma fundação da CIA… As fundações autênticas, como a Ford, a Rockfeller, a Carnegie, eram consideradas o tipo melhor e mais plausível de disfarce para os financiamentos… permitiu que a CIA financiasse um leque aparentemente ilimitado de programas secretos de ação que afetavam grupos de jovens, sindicatos de trabalhadores, universidades, editoras e outras instituições privadas" (pág. 153).
"O uso de fundações filantrópicas era a maneira mais conveniente de transferir grandes somas para projetos da CIA, sem alertar para sua origem. Em meados da década de 50, a intromissão no campo das fundações foi maciça…" (pág. 152). "A CIA e a Fundação Ford, entre outras agências, haviam montado e financiado um aparelho de intelectuais escolhidos por sua postura correta na guerra fria" (pág. 443).
"A liberdade cultural não foi barata. A CIA bombeou dezenas de milhões de dólares… Ela funcionava, na verdade, como o ministério da Cultura dos Estados Unidos… com a organização sistemática de uma rede de grupos ou amigos, que trabalhavam de mãos dadas com a CIA, para proporcionar o financiamento de seus programas secretos" (pág. 147). em milhões, o problema era dar um destino para tanto dinheiro.
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Soterrado em milhões de dólages, FHC afirma que o maior problema era dar fim a tanto dinheiro:

"Não conseguíamos gastar tudo. Lembro-me de ter encontrado o tesoureiro. Santo Deus, disse eu, como podemos gastar isso? Não havia limites, ninguém tinha que prestar contas. Era impressionante" (pág. 123). Sim, muito dinheiro para subverter consciências e mudar comportamentos. "A ajuda financeira teria de ser complementada por um programa concentrado de guerra cultural, numa das mais ambiciosas operações secretas da guerra fria: conquistar a intelectualidade ocidental para a proposta norte-americana" (pág. 45). (Cf.Quem Pagou a Conta? A CIA na Guerra Fria da Cultura. Frances Stonor Saunders. Editora Record, 1a. edição, 2008).

Ora, conquistar a intelectualidade ocidental para a proposta de quem na verdade está por trás do esquema, financiando tamanho dinheiro. Eis típico exemplo de como age supranacionalmente o governo oculto do mundo.
Bush e Lula num aperto de mão maçônico?

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Na foto um detalhe curioso: o aperto de mão maçônico, caracterizado pela posição do dedo indicador ressaltado dos outros, e geralmente pressionando o pulso do colega

Há rumores de que Lula, que tanto tem viajado pelo mundo e de há muito sido assediado por "olheiros" dogoverno oculto, teria se filiado à Maçonaria internacional e só assim conseguiu chegar ao poder.

Uma curiosa foto que passou despercebida pela imprensa brasileira (será que passou mesmo, ou não houve interesse em comentar?), mostra claramente Bush e Lula num aperto de mão maçônico, que é caracterizado pela posição do dedo indicador – ressaltado dos outros, e geralmente pressionando o pulso do colega.

Não duvidemos de maneira alguma que esse encontro evidencia algo muito mais do que um simples pacto político entre os dois presidentes ocorrido na Casa Branca em 10 de dezembro de 2002. (6)

Por outro lado, o governo oculto age acima de conceitos como esquerda/dieira, capitalismo/socialismo, etc. O envolvimento das FARCs com Lula e o PT não é segredo para ninguém que respira fora da cultura marxista predominante e busca informações além das mídias controladas de nosso país. O que verdadeiramente resultará desse tipo de comprometimento de nossos governantes com terroristas narcotraficantes certamente não estamos longe de perceber.
"No Brasil, as esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no País, por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China e em Cuba"

Por outro lado, o ideal libertário revolucionário, exudado ardilosamente pelas sociedades secretas nesses últimos séculos e assumida pelos arautos dessas ideologias —e seus fantoches— culmina fatalmente em uma contínua auto-reinvenção de seus sentidos e objetivos de dominação. No Brasil não é diferente, e hoje assistimos surpresos e aterrados o jogo sujo da esquerda no poder.
[Imagem: fidel.jpg]
Ditadura revolucionária sempre foi a aspiração dissimulada dos que combateram o regime militar

Ditadura revolucionária sempre foi a aspiração dissimulada dos que combateram o regime militar. E nada como um revolucionário para confirmar isso, como Daniel Aarão Reis, um ex-terrorista do MR-8, atualmente professor de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense:

"As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitigadas. Nem para um lado nem para o outro. Não compartilho a lenda de que, no fim dos anos 1960 e no início de 1970, (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentam como instrumento da resistência democrática".
"As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no País, por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China e em Cuba. Mas, evidentemente, elas falavam em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora, aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre a guerra."
Dissimulação, mentiras e meias-verdades... a meta de sempre: o poder e a dominação. Eis as perversas táticas do governo oculto do mundo e suas camarilhas...
Cumplicidade entre política de esquerda brasileira e ativismo de sacristia de índole teológica marxista


O mais trágico é quando o engodo vem induzido pelas altas correntes subvertidas do clero, já bem distanciadas das recomendações de Cristo em separar as coisas de César das coisas de Deus (Mt 22,21; Mc 12,17; Lc 20,25).

Por ocasião do 11º Encontro Intereclesial das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), o presidente Lula envia uma carta lamentando não poder estar presente ao evento. Naquele momento, envolvido até o pescoço com os escândalos sem precedentes de seu partido, procura encorajar seus "companheiros e companheiras" que o elegeram à presidência da república e à consolidação do PT. Na carta, o presidente sofisma àquele representativo nicho de seu eleitorado:

"Quero repetir para vocês o que tenho dito desde o início dessa crise política: não tenho medo da verdade, não temos nada a esconder e os erros que foram cometidos deverão ser apurados com serenidade, sem precipitar julgamentos, sem condenar inocentes, mas punindo todos os que erraram, estejam onde estiver. Engana-se quem anuncia nesta crise o fim do nosso Partido, assim como erra quem afirma que nosso Governo acabou ou não tem saída".
[Imagem: lula_cnbb.jpg]
Líder da Conferência Nacional dos Bispos, CNBB, Jayme Chemello, recebendo triunfante o marxista Lula em uma reunião geral da organização (Diário do São Paulo, 2 de maio de 2003)

E, de seu próprio punho, saúda a cumplicidade entre a política de esquerda brasileira e o ativismo de sacristia de índole teológica marxista estrategicamente infiltrada na Igreja, conforme veremos adiante:

" Vocês sabem do carinho que tenho pelas CEBs [Comunidades Eclesiais de Base de índole teológica marxista - Teologia da Libertação], do reconhecimento do papel que as Comunidades de Base desempenharam na resistência à ditadura militar, na formação dos Movimentos Populares, no apoio ao Movimento Sindical e na formação dos partidos de esquerda, em particular o PT".

(Cf. Carta de Lula às CEBs. CNBB.http://www.cnbb.org.br/ns/modules/mastop..._%E0s_CEBs ).

Lamentavelmente, inspirado nos mesmos clichês revolucionários libertários de raízes iluministas e marxistas —inequivocamente insuflados pela engenharia social empregada pelas sociedades secretas há pelo menos três séculos— o PT nasceu sob a luz das sacristias, conforme se diz em certos meios católicos.
O Foro de São Paulo: o reavivamento do comunismo na América Latina

Nem precisou ser uma sociedade secreta porque, desavergonhadamente, a mídia brasileira fez vista grossa e ocultou a informação dessa perigosa rearticulação das esquerdas ou "1.ª Internacional Rebelde no Brasil", após a derrubada do muro de Berlim em 1989.

Por iniciativa do líder comunista Fidel Castro, a pretendida "2.ª Internacional nas Américas" passou a reunir os partidos e organizações marxistas-leninistas revolucionárias numa entidade supranacional. Estrategicamente, obscuros acordos e articulações entre os líderes dos países mancomunados passam a ser levados a efeito visando a delirante meta da reestruturação do comunismo com fachada de socialismo e acima de toda lei.

Assim, com objetivo de reinventar e fortalecer essas posições socialistas e se criar um bloco esquerdista as organizações revolucionárias compostas por guerrilheiros, terroristas, narcotraficantes e toda espécie de expoentes da mentalidade revolucionária da América Latina passaram a se reunir no que se denominou "Foro de São Paulo", sob o aval do presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Passados dez anos, em 1999, o PT amplia ainda mais seus conchavos internacionais e patrocina em Porto Alegre outro empreendimento denominado Forum Social Mundial, FSM. Pelos assuntos temáticos, os figurões participantes, suas declarações, organizações, manifestações e, desafortunadamente, com a benção da CNBB, etc, mal se disfarçam os anseios dos lacaios dos fautores da Nova Ordem Mundial que muito bem sabem usar esse tipo de eventos de mobilização de opinião e engenharia social.
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Lula discursando do alto da tribuna de 15 anos do Foro de São Paulo. Para deixar claro que fala servindo-se de sua condição de presidente do Brasil, sua jaqueta traz o Brasão da República

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Brasão Oficial do Brasil: pentagrama rodeado por uma coroa dividida entre ramas de acácia e ramas oliveira (símbolos reconhecidamente maçônicos)

Mas, voltemos às organizações que ainda continuam se apresentando como sociedades secretas cujos fins são laborar pelo bem da humanidade.

Sob o pretensioso pretexto de melhor competência moral e intelectual de seus membros a Maçonaria brasileira, discretamente, prossegue com suas investidas ao poder.

Com o título Arquitetos do Poder, oDiário do Comércio publicou extensa matéria sobre atividades atuais e passadas da Maçonaria no Brasil. O texto evidencia com clareza os objetivos e modus-operandi maçom:

"Numa ação orquestrada, sob o olhar cúmplice de seus pares, age na disputa pela terceira cadeira mais importante do País uma instituição presente nos livros de história, mas ausente do noticiário atual: a Maçonaria. Em suas mãos figuram nada menos que 56 deputados, oito senadores e ao que se sabe (outros podem estar ocultos) dois candidatos à presidência da Câmara: os deputados Michel Temer (PMDB-SP) e Francisco Dornelles (PP-SP). Juntos, os maçons militam em favor de um projeto de poder: garantir que 'líderes de fato' – preparados pela instituição e comprometidos com seus próprios valores e virtudes possam ocupar os mais altos cargos da administração pública e privada. Reunidos em uma sociedade restrita, onde o ingresso de um novo membro depende da indicação de outro, eles se fortalecem e se expandem sob o anonimato."
"Temos irmãos em postos-chave e podemos acompanhar tudo o que acontece"

Em outro trecho a matéria refere-se à estrutura da instituição, segundo afirma Durval de Oliveira, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista:

"Temos irmãos empostos-chave. Podemos acompanhar tudo o que acontece. Há membros em todas as CPMIs, na Câmara e no Senado... eles estão alertas para que os nossos mandamentos não sejam transgredidos", afirma Durval de Oliveira, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista". (7)
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Exemplo da ambiguidade das doutrinas maçônicas: a frente e o verso de um mesmo avental maçônico

Mas por outro lado, nunca se sabe claramente se a coisa funciona assim mesmo, uma vez que tudo acontece às ocultas. Basta surgir um grave escândalo de corrupção política e as "dúvidas" quanto a "legitimidade" da filiação maçônica do "irmão maçom" surgem imediatamente, como no caso do ex-ministro Palocci, citado no mesmo artigo:
"Comenta-se, à boca pequena, que estaria em curso dentro da irmandade os primeiros trâmites para levar à julgamento o ministro da Fazenda Antonio Palocci. Há, porém, uma grandecontrovérsia entre seus pares. Muitos maçons afirmam desconhecer a participação do ministro (na Maçonaria). Outros defendem que o único vínculo de Palocci com a ordem estaria nos três pontinhos acompanhados em sua assinatura". (8)
Onde não há clareza nem transparência fica patente o direito de duvidar

Essa dúvida generalizada entre os próprios políticos maçons contradiz a afirmação anterior de que "os irmãos nos postos-chave" que "acompanham tudo o que acontece", na verdade, sequer sabem se o ministro corrupto é ou não um membro da "irmandade".

E outra coisa: o tal julgamento de punição é secreto, no isolamento da loja maçônica.

Quem garante que ocorre?

E se ocorre (e mesmo que não ocorra) quem garante que os "irmãos" não mais permanecerão "comprometidos com seus próprios valores e virtudes" nos altos postos de poder?

Onde não há clareza nem transparência fica patente o direito de duvidar.
Uma idéia de "ação orquestrada" da Maçonaria sob o véu do segredo

O escândalo apontado pelo relatório de investigação criminal da corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no início de 2008, apurando desvio de R$ 1,5 milhões a juízes, põe novamente em cheque os meandros do modus-operandie as "virtudes" da tradicional Irmandade.

Segundo notícia veiculada na Folha Online, "verbas públicas foram usadas em uma 'operação de socorro' destinada a restituir R$ 1.477.872,79 em depósitos feitos por 160 maçons da Grande Oriente de Mato Grosso —entidade máxima da maçonaria no Estado— na Cooperativa de Crédito Rural do Pantanal, fechada pelo Banco Central em novembro de 2004". (9)

E aqui podemos ter uma idéia de uma suposta "ação orquestrada" da Maçonaria sob o véu do segredo.
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Suposto desvio de R$ 1,5 milhões a juízes, põe novamente em cheque os meandros domodus-operandi e as "virtudes" da tradicional Irmandade

O presidente americano John F. Kennedy declarou certa vez:

"A palavra 'segredo' é repugnante numa sociedade livre e aberta, e nós opomo-nos estóica e historicamente às sociedades secretas, juramentos e procedimentos secretos. Opor-nos-emos em qualquer parte do mundo a conspirações monolíticas e rudes, que sigilosamente vão expandindo suas esferas de influência. Em infiltração em vez de invasão, em subversão em vez de eleição, em intimidação em vez de liberdade de escolha. É um sistema que tem aprisionado pessoas e coisas, a teias bem construídas, uma máquina supra-eficiente que combina militares, diplomacia, inteligência, economia, ciência e operações políticas. As suas tarefas são escondidas, não publicadas. Os seus erros são enterrados, e não divulgados. Os desacordos são silenciados, e não orientados. Nenhuma despesa é questionada, nenhum segredo é revelado. Essa foi a razão pela qual o legislador grego Sólon considerou CRIME a qualquer cidadão que se acovarde perante uma discussão. Estou pedindo ajuda numa tremenda tarefa para alertar o povo americano. Crente que com a sua ajuda as pessoas serão aquilo que nasceram para ser: livres e independentes." (10)

De acordo com vários estudiosos e como bem mostra o filme JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar (1991), de Oliver Stone, a estranha morte do presidente Kennedy foi arquitetada por uma grande conspiração que envolvia até Fidel Castro. Além de Richard Nixon, Maçonaria, Illuminati, CIA, KGB e muita gente mais.

Uma coisa é certa, ninguém teve coragem de contestar sua tese. Nem a favor, nem contra. O filme acabou sendo sucesso de bilheteria na época.
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Nascido em Massachusetts, no dia 29 de Maio de 1917. John Fitzgerald Kennedy pertencia a uma família católica. Ele era o segundo de um total de nove irmãos e foi o último presidente americano eleito democraticamente
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A Maçonaria Paulista e a Revolução de 1932

O Golpe de Getúlio 
 
A Maçonaria Paulista na Revolução de 1932: A Participação de Destaque da Loja América
 
Nas eleições de 1930, o candidato da oposição, Getúlio Vargas, é derrotado nas urnas. Alguns meses mais tarde, Vargas lidera um golpe que o conduz à presidência da República. Nas primeiras décadas do século vinte, a política brasileira é comandada pelos grandes proprietários de terra. O presidente da República é apoiado pelos governadores dos estados que representam as oligarquias regionais dos coronéis. Mas os grandes beneficiados são os cafeicultores de Minas Gerais e São Paulo. A cada queda nos preços internacionais do café, o governo compra os estoques dos fazendeiros, dividindo os prejuízos com o resto do país. Na década de 1920, a industrialização e o crescimento das cidades promovem a ascensão de novos grupos sociais. O operariado se organiza e, em 1922, funda o Partido Comunista do Brasil. 
 
Setores da classe média, proprietários de terra sem representação no governo, além de jovens oficiais do Exército, não aceitam mais um governo a serviço dos fazendeiros do café. Diversas revoltas militares explodem ao longo dos anos 20. 
 
Com a grande depressão, em 1929, os preços do café despencam. A saca, que custava duzentos mil réis em agosto de 29, passa a 21 mil réis em janeiro do ano seguinte. A crise atinge toda a economia brasileira. Mais de 500 fábricas fecham as portas em São Paulo e Rio de Janeiro. O país tem quase dois milhões de desempregados no final de 1929. A miséria e a fome atingem a maioria da população. 
 
Em janeiro de 1930, o presidente da República, Washington Luis, de São Paulo, lança o também paulista Júlio Prestes para a sua sucessão. Mas um paulista sucedendo outro na presidência romperia a tradicional alternância de poder entre São Paulo e Minas Gerais. Os políticos mineiros vão engrossar as fileiras da oposição. 
 
A Aliança Liberal, uma frente de oposição, apresenta o gaúcho Getúlio Vargas candidato a presidência, tendo o paraibano João Pessoa como vice. As eleições dão a vitória ao candidato do governo. Em julho, João Pessoa é assassinado no Recife, por questões pessoais. A Aliança Liberal se une aos militares e inicia uma revolução. A revolta explode no Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais. Mas logo se alastra pelo país. O Presidente Washington Luis é deposto. O candidato eleito Júlio Prestes se refugia na Embaixada Inglesa. Em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas assume a chefia do Governo Provisório. Naquela tarde, os soldados gaúchos dirigiram-se para a avenida Rio Branco e amarra-ram seus cavalos no obelisco que ali existia. Era o fim da República Velha. 
 
Após o golpe, Getúlio via-se com a formidável tarefa de organizar um governo que superasse os antagonismos regionais e empreendesse a modernização do país. Pode-se imaginar que os primeiros inimigos eram sua própria inexperiência e a pouca profundidade de seus apoios. Ao contrário do que se costuma afirmar, Getúlio Vargas não era nesse período uma liderança carismática. A estrutura social do país e a debilidade dos meios de comunicação dificultassem o aparecimento desse tipo de liderança e, além do mais, o estilo cultivado por Getúlio nos anos anteriores era o do negociador, silencioso e discreto, e não o do condutor de massas. Se algum dos líderes de 1930 era carismático, esse homem era Osvaldo Aranha. 
 
O outro obstáculo grave à constituição de um poder mais forte era a inexistência de partidos políticos ou de correntes ideológicas com um mínimo de coesão, que sustentassem as decisões do novo governo e lhe servissem como ponto de referência. Entre a retórica da centralização e a realidade havia um enorme abismo. As alianças eram voláteis, desintegravam-se com muita facilidade ao primeiro entrechoque. Getúlio apoiava-se, na realidade. em dois blocos que se haviam aliado ocasionalmente: de um lado, as lideranças políticas dos Estados revoltosos, sobretudo as do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais; do outro, o movimento tenentista. Havia reunido velhos amigos e feito alguns novos durante os últimos anos; mas não a#000ntava grandes ilusões quanto à estabilidade desses apoios, pois percebia o conflito latente entre os tenentes e as oligarquias (e também entre aqueles e a hierarquia do Exército regular). Não demorou a perceber que o seu poder pessoal só se afirmaria enquanto permanecesse corno a ponte entre essas duas correntes, ou enquanto pudes-se equilibrar-se acima delas como quem se equilibra de pé sobre dois cavalos a galope. 
 
O Ministério formado por Getúlio em 1930 era inteiramente heterogêneo, reflexo da Variedade das forças políticas que compunham a Aliança Liberal. O Ministério da Fazenda coube a um banqueiro paulista vinculado ao Partido Democrático, José Maria Whitaker; o de Viação e Obras Públicas, a Juarez Távora, principal nome tenentista da Revolução; o da Agricultura, a Assis Brasil, "libertador" gaúcho, que havia muito tempo se empenhava na elaboração de um Código Eleitoral moderno e democrático; o da Educação foi dado a Francisco Campos, de Minas Gerais, identificado com as correntes tenentistas mais radicais, de pensamento centralizante, notório simpatizante do fascismo italiano. 
 
Nos primeiros rounds, a vantagem era nitidamente tenentista. Contando com o repúdio da opinião pública urbana às oligarquias tradicionais e com sua própria mobilização, o grupo conseguiu avançar sua idéia básica o prolongamento da situação revolucionária de modo a implantar as reformas que julgava necessárias. Seu programa pretendia ir além da simples moralização dos processos eleitorais, introduzindo a representação Por classes profissionais, panacéia então em voga em Virtude da ascensão do fascismo. 
 
Pregava também uma maior intervenção do Estado na economia e a nacionalização de alguns setores básicos, como as minas e as quedas d'água. Getúlio já havia criado o Ministério do Trabalho (então vinculado ao da Indústria e Comércio), mas os tenentistas pressionavam por um programa mais abrangente na área trabalhista, dentro da concepção de um Estado que promovesse. a harmonia (ou o controle) das relações capital-trabalho. Propostas desse tipo eram bem recebidas por Getúlio, também inclinado a deixar para trás o conservadorismo repressivo da República Velha por meio do paternalismo "atualizado" das doutrinas corporativistas. 
 
Mas a questão básica, iniludível, era a consolidação do poder central diante dos Estados. Getúlio manteve Olegário Maciel à frente do governo de Minas e nomeou Flores da Cunha e Carlos Lima Cavalcanti, revolucionários locais, para os governos do Rio Grande e de Pernambuco, respectivamente, mas entregou os outros Estados a interventores egressos dos quadros tenentistas.
 
A Maçonaria Paulista na Revolução de 1932 : A Participação de Destaque da Loja América 
 
Extrato de Artigo de José Castellani
 
Em 1932, vivia, o Brasil, sob o regime implantado pelo golpe de 1930. Neste ano, o país já enfrentara uma conturbada situação político-social, quando a oposição ao governo da República já vinha se movimentando desde as eleiçes de março --- vencida pelo candidato oficial, Júlio Prestes de Albuquerque --- conspirando, para promover o levante armado contra o governo. O estopim da revolta fora o assassinato de João Pessoa, governador da Paraíba, o qual fora candidato a vice-presidente na chapa de oposição, encabeçada por Getúlio Vargas. Pessoa foi morto a tiros, por João Duarte Dantas, por simples quest&oilde;es familiares da Paraíba --- muito comuns, na região Nordeste, na época --- e sem qualquer motivo político, mas o fato foi, matreiramente , aproveitado pela oposição. A revolta ocorreria a 3 de outubro, partindo dos três Estados ligados pela Aliança Liberal : do Rio Grande do Sul, partiam as tropas do Exército e da Polícia, comandadas pelo tenente-coronel Góis Monteiro ; partindo da Paraíba, o capitão Juarez Távora conseguia dominar todos os Estados do Norte e do Nordeste; e, em Minas Gerais, eram dominados os focos fiéis ao governo federal e as tropas ameaçavam os governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
(...)

A Revolução Constitucionalista
 
Em 1932, já voltara a ser tensa a situação político-social do país, pela demora do Governo Provisório, do caudilho Getúlio Vargas, em providenciar uma nova Constituição ao Brasil. À euforia dos primeiros momentos após o golpe, sucedia o desencanto, seguido da inquietação, que acabaria envolvendo os meios maçônicos. E essa inquietação, com a conseqüente agitação dos meios sociais, era mais forte em São Paulo, levando à extrema irritação os que, anteriormente, eram os mais fervorosos adeptos do levante, ou seja, os membros do Partido Democrático, os quais se sentiam esbulhados do poder, por interventores militares e estranhos ao Estado de São Paulo. Já a partir do início de 1931, da pena do advogado, jornalista e tribuno Ibrahim Nobre, maçom originário da Loja Fraternidade de Santos, saiam críticas mordazes contra o golpe e a situação social, publicadas no jornal paulista "A Gazeta".
 
No início de 1932, então, o pensamento da população de São Paulo seria cristalizado na expressão "Civil e Paulista", repetida pelos meios de comunicação, externando o desejo de ter um interventor federal que não fosse militar e que fosse de São Paulo. A 3 de março, ouvindo o clamor dos paulistas, o ditador nomeava, para o cargo, o embaixador Pedro de Toledo, ex Grão Mestre do Grande Oriente Estadual (1908-1914), o qual assumiria no dia 7. Essa indicação, todavia, não serviu para aliviar o mal estar e a tensão reinantes em diversos pontos do país, começando, dessa maneira, a fermentar a revolta.
 
As reuniões preparatárias do movimento foram levadas a efeito na sede do jornal "O Estado de S. Paulo", fundado, em 1875, com idéias republicanas, pelos maçons Américo de Campos (Loja América), Francisco Rangel Pestana (Loja América), Manoel Ferraz de Campos Salles (Loja Sete de Setembro) e José Maria Lisboa (Loja Amizade). Nessa época, o jornal já era dirigido por Júlio de Mesquita Filho (Loja União Paulista II), que era um dos principais líderes do movimento.
 
O estopim da revolta já havia sido aceso a 23 de maio de 1932, quando, durante uma manifestação , na praça da República, alguns jovens --- Mário MARTINS de Almeida, Amadeu MARTINS, Euclides MIRAGAIA, DRÁUSIO Marcondes de Sousa e Antônio Américo de CAMARGO, cujos nomes deram origem ao M.M.D.C. (1) --- foram mortos pela polícia política da ditadura, entrincheirada nos altos de um prédio da rua Barão de Itapetininga. No mesmo dia, era reorganizado o secretariado do governo paulista.
 
Estranhamente, em sessão de 25 de maio, da Loja Piratininga, para a eleição da administração, no período 1931-1932, nada se comentou sobre esse fato marcante, preferindo, os obreiros, deter-se sobre uma crise no Grande Oriente do Brasil, onde rebeldes contestavam a autoridade do Grão-Mestre, Octévio Kelly, ao qual a Piratininga apoiava, totalmente, na Assembléia Geral.
 
Júlio de Mesquita Filho, depois de ter conseguido organizar uma frente única dos partidos de S. Paulo, entrou em entendimento com líderes da Frente Única Sul-riograndense, nas pessoas de João Neves da Fontoura e Glicério Alves. Pelo Rio Grande do Sul, com concordância do interventor, Flores da Cunha, foi firmado um pacto entre paulistas e riograndenses, o qual os obrigava a recorrer às armas, caso o interventor de um dos dois Estados fosse destituído, ou se houvesse a substituição do gal. Andrade Neves do comando da região militar do Rio Grande do Sul, ou do gal. Bertholdo Klinger, da guarnição de Mato Grosso. O governo ditatorial reagia ao movimento, tentando asfixiar o Estado de S. Paulo e, enquanto o governo paulista prevenia-se, para não sofrer um golpe de surpresa, na Capital Federal, vários fatos políticos e militares levavam à exoneração do ministro da Guerra, a 28 de junho, com a nomeação do general Espírito Santo Cardoso, há muito tempo reformado e afastado da tropa. Isso suscitou a revolta de Klinger, externada num agressivo ofício, datado de 1o. de junho, dando conhecimento do que resolvera, a Pedro de Toledo. Exonerado, por isso, estava criado o motivo suficiente, que fora exigido por Flores da Cunha, para que o Rio Grande entrasse na luta. Ele, todavia, além de não cumprir o acordo, ainda enviaria tropas contra São Paulo.
 
Em reunião realizada no dia 7 de julho, com a presença de Francisco Morato, Ataliba Leonel, Sílvio de Campos, coronel Júlio Marcondes Salgado e general Isidoro Dias Lopes, ficou decidido que o levante aconteceria no dia 20, sob o comando de Isidoro e do coronel Euclides Figueiredo. Pedro de Toledo ainda tentou evitar a revolta, mandando seu genro ao Rio de Janeiro, no dia 8, para conferenciar com Vargas. Todavia, em nova reunião, nesse dia, resolveu-se deflagrar o movimento no dia 10, antes que chegasse a S. Paulo o gal. Pereira de Vasconcellos, para assumir o comando da Região Militar.
 
(...)
 
A 9 de julho, um sábado, a revolta constitucionalista estava nas ruas. Embora algumas obras didáticas situem o início do movimento às 24 horas desse dia, ele eclodiu às 11,40 hs., sob o comando de Euclydes Figueiredo, com a tomada do Q.G. da 2a. Região Militar. No mesmo dia, às 23,15 hs., as sociedades de rádio eram tomadas por civis e, a partir das 24 horas --- daí a confusão de alguns autores --- começava a ser repetida a seguinte mensagem:
 
De accordo com a Frente Única Paulista e com a unànime aspiração do povo de São Paulo e por determinação do general Izidoro Dias Lopes, o coronel Euclydes Figueiredo acaba de assumir o comando da 2a. Região Militar tendo como Chefe do Estado Maior o coronel Pa#000rcio de Rezende. A oficialidade da Região assistiu incorporada no QG à posse do coronel, nada havendo occorrido de anormal. Reina em toda a cidade intenso júbilo popular e o povo se dirige em massa aos quartéis, pedindo armas para a defesa de São Paulo.
 
No dia 10, o interventor Pedro de Toledo era aclamado, pelo povo, pelo Exército e pela Força Pública, governador de S. Paulo. No dia 12, o general Bertholdo Klinger desembarcava na Estação da Luz e, no QG da 2a. R.M., na rua Conselheiro Crispiniano, diante do microfone da Rádio Educadora Paulista, recebia o comando da região de S. Paulo, transmitido por Euclydes, que, na tarde do mesmo dia, iria para Cruzeiro, onde assumiria o comando da vanguarda das tropas constitucionalistas.
 
(...)
 
Deixado sozinho, na luta pela Constituição e pelo Brasil, os combatentes de S. Paulo, sem recursos, iriam resistir durante três meses. Sem o esperado apoio de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, as tropas paulistas, que ocuparam o vale do Paraíba, ao longo da Estrada de Ferro Central do Brasil, não conseguiram avançar além da divisa com o Estado do Rio. O bloqueio do porto de Santos e a grande concentração de forças federais, vindas de todos os Estados, venceram a resistência dos soldados paulistas, graças ao esgotamento de seus recursos.
 
A 28 de setembro, a luta chegava ao fim. Sem que o governo civil fosse consultado, Klinger enviou emissários aos adversários, com propostas de paz e um telegrama a Vargas propondo suspensão do conflito. Fracassados os entendimentos, porque os termos do armistício eram humilhantes para São Paulo, elementos do comando geral da Força Pública --- seu comandante, Júlio Marcondes Salgado, extraordinário defensor da causa paulista, havia falecido num estúpido acidente com uma granada --- sob o comando do coronel Herculano Silva, assinaram a vexatória rendição, na noite de 1o para 2o de outubro, submetendo-se ao governo ditatorial, em troca de vantagens para os seus oficiais. Herculano foi indicado --- prêmio? --- para assumir o governo e, no dia 2, às 15,30 hs, mandava três oficiais seus, ao palácio dos Campos Elíseos, para depor Pedro de Toledo (2).
 
A voltar, a Piratininga, à atividade, a 3 de novembro, o Venerável Mestre comunicava que, embora tivesse, a Loja, deixado de funcionar por determinação superior --- do Grande Oriente de S. Paulo, dirigida a todas as suas Lojas --- mas que a sua diretoria havia continuado a se reunir, semanalmente, para tomar conhecimento do expediente e para resolver os assuntos mais urgentes. E Vaz de Oliveira, interpretando o pensamento da Piratininga e de todo o povo paulista, dizia que "não pode deixar de saudar ao povo paulista pela dedicação, patriotismo e heroísmo, que tão fortemente demonstrou na guerra em que se empenhou, heroísmo que igual, quanto mais maior, em nenhuma guerra aponta a história, mesmo na mundial, bem como não pode ser apontada maior traição do que a sofrida pelos paulistas, para cujos traidores deve todo maçom cônscio dos seus deveres, evitar convívio, votando-lhes desprezo".
 
A Constituinte de 1934
 
Em novembro de 1933, diante da instalação da Assembléia Nacional Constituinte, que era a aspiração dos paulistas, no movimento de 1932, a notícia era saudada pelos obreiros da Loja. E o Orador, Ramon Roca Dordal, propunha a inserção, em ata, de um voto de louvor e aplauso, por aquela instalação. Aprovada, unanimemente, a proposta, Alexandre de Albuquerque dizia que havia votado como paulista de coração e na qualidade de ex-combatente, mas propunha um adendo àquela resolução: que o voto de louvor e aplauso fosse extensivo ao fato da volta, a São Paulo, do Irmão Pedro de Toledo, que havia sido exilado.
 
Em 1934, no dia 23 de maio, emblemático para a alma paulista, depois de cumprimentos ao Irmão do quadro, Alexandre de Albuquerque, pela homenagem que recebera do Instituto de Engenharia, como um importante engenheiro civil de S. Paulo e pela sua atuação na Revolução Constitucionalista, Guilherme de Carvalho, dizendo que aquela era a "data anniversaria da libertação paulista", pedia que a sessão fosse encerrada, em homenagem a ela e aos jovens mortos em 32. E Roca Dordal, inflamado, referia-se "à posição injusta em que, por todos os meios, procurava a dictadura collocar S. Paulo, que, muito embora vencido nos seus altos desideratuns pela eventualidade de circunstàncias ligadas à força, assim não se considerava; devido a nobreza da causa que defendera, e graças a sua força moral, ao progresso a que soube elevar-se, conseguiu o fim que almejava, e mantém-se firme e admirável na conquista do justo e do direito, não só para o seu bem, mas para o do Brasil – não discrepou do lugar de destaque em que o colocaram os seus antepassados; antes mesmo continuou o seu traçado de luta e de glória, impondo-se à admiração mundial". Poderia, até, ter terminado sua fala, com a citação de um pequeno trecho do vibrante "Minha Terra", oração de bandeirantismo do Irmão Ibrahim Nobre, o tribuno de São Paulo (3). Fazendo juz ao seu título distintivo, na São Paulo de Piratininga, a Loja firmava-se como a Piratininga de São Paulo.
 
Em julho, promulgada a nova Constituição brasileira, pela qual lutara S. Paulo, em 32, Roca Dordal tecia comentários sobre a instituição maçônica e a luta de São Paulo:
 
"A reunião de quatro confrarias, em Londres, em 1717, dá origem à Maçonaria – que um grupo de homens destemidos, fortes, cançados da tyrania e da escravidão, que envolvia a nação e, podemos dizer, a Europa, resolveram traçar novos principios regeneradores dos costumes da Humanidade sofredora. É a Maçonaria --- que em breve seria forte bastante para pôr um dique ao despotismo universal. Mas essa seita, essa reunião de homens de ideaes e de vontades inquebrantaveis, teve de preparar sua lucta sem treguas ao obscurantismo e á oppressão. Agrupados esses homens de costumes puros, de energia e coragem para os mais duros sacrificios, entraram a pregar no meio da sociedade com o mais absoluto sigilo, escolhendo os homens, que dedicados até ao sacrificio, desejavam uma Humanidade melhor. E o sacrificio é necessario! Não ha na historia da Humanidade uma conquista que não custasse rios de sangue e sacrificios sem conta, áquelles que primeiro se opuzerão ao arbitrio e á tyrania. São Paulo recolhe os beneficios de uma Constituição, pelo sacrificio dos que não se submetteram ao capricho de uma dictadura, de um poder discricionario e tyranico. É o fim que almejavam os sinceros maçons, cujos sacrificios serão pequenos, em face da vitoria alcançada".
 
Infelizmente, a frágil Constituição de 1934, não garantiria a continuidade de um regime realmente democrático, como viria a comprovar o golpe de 10 de novembro de 1937.
 
Fonte: Extrato de Artigo de José Castellani
 
A carta de getúlio vargas
 
A versão datilografada é atribuída ao jornalista José Soares Maciel Filho. De fato, Maciel Filho confirmou à família do presidente que datilografou a versão lida para a imprensa, mas nada disse sobre tê-la modificado.
 
Versão manuscrita:
 
“Deixo à sanha dos meus inimigos, o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia. A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa.
Acrescente-se a fraqueza de amigos que não defenderam nas posições que ocupavam à felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês, à insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país contra a minha pessoa.
Se a simples renúncia ao posto a que fui levado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranqüilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria.
Mas tal renúncia daria apenas ensejo para, com mais fúria, perseguirem-me e humilharem-me.
Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas.
Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes.
Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos.
Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus.
Agradeço aos que de perto ou de longe me trouxeram o conforto de sua amizade.
A resposta do povo virá mais tarde…”
 
Carta datilografada:
 
“Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fi z-me chefe de uma revolução e venci.
Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios.
Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o povo seja independente.
Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos.
Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação.
Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém.
Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.”
 
As duas cartas (manuscritas e datilografada) estão no CPDOC da Fundação Getílio Vargas.

Fonte: Cpdoc.fgv #Revellati online
Indicação: Revista Conspiração

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